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Paulo Nobre deixa presidência em dezembro, mas Palmeiras lhe deve R$ 115 milhões

Paulo Nobre deixará a presidência no fim do ano, mas vai continuar a receber dinheiro do Palmeiras. No momento, o clube lhe deve aproximadamente R$ 115 milhões, mas a dívida já foi muito mais alta. Nos últimos quatro anos, o dirigente colocou pouco mais de R$ 200 milhões no clube alviverde, de duas maneiras: uma parte utilizando seu nome como fiador em empréstimos bancários e outra com ele mesmo sendo o credor.

Para quitar o débito com Paulo Nobre, o Palmeiras acertou duas formas de pagamento distintas. Na maior, de R$ 76 milhões, o montante é reduzido com o clube dando a ele 10% de sua renda bruta mensal. A outra, de R$ 38,8 milhões, é paga com um valor fixo de R$ 400 mil mensais. A maneira acertada para o pagamento foi aprovada em votação no Conselho de Orientação Fiscal (COF).

Em 2015, Paulo Nobre trocou os R$ 43 milhões dados ao clube para a contratação dos argentinos Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo, do paraguaio Mendieta e do atacante Leandro pelos direitos econômicos dos atletas. Combinou, porém, que repassaria ao Palmeiras o lucro que obtivesse ao negociá-los.

Até o momento, apenas Cristaldo foi vendido. Paulo Nobre o contratou por R$ 8 milhões e o vendeu por R$ 10 milhões. Os R$ 2 milhões foram para os cofres alviverdes.

No primeiro semestre deste ano, Palmeiras e Crefisa entraram em atrito e a empresa deixou de pagar o patrocínio por três meses. Neste período, Paulo Nobre emprestou mais R$ 20 milhões, valor que foi ressarcido assim que as partes selaram a paz e a financiadora voltou a depositar o combinado.

A eleição no clube ocorre no dia 26 de novembro. Candidato único, Maurício Galiotte assume o cargo no dia 15 de dezembro e sua chapa será formada pelos vice-presidentes Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli.

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