O mau desempenho do Paraná Clube na última jornada fez o técnico Paulo Comelli inovar. Se antes do jogo contra o Brasiliense ele chegou a acenar com a possibilidade de uma mudança tática, ontem essa possibilidade saiu do papel.
No coletivo realizado na Vila Capanema, o treinador armou o time num 3-5-2, estratégia que pode ser aplicada no difícil compromisso contra o Barueri, no próximo sábado, na grande São Paulo.
Comelli nunca escondeu sua preferência pelo 4-4-2. Teve que superar alguns obstáculos até encontrar a formação ideal, com o volante Agenor atuando, quando necessário, como um terceiro zagueiro.
Porém, na última terça-feira, o time não se encontrou em campo e em muitos momentos – em especial no primeiro tempo – foi facilmente envolvido pelo Brasiliense. “Faltou força de marcação. Demos muitos espaços”, reconhecem os atletas paranistas.
Nas contas da comissão técnica, são necessários ao menos duas vitórias e dois empates para evitar a degola e pontuar fora de casa virou obrigação. Preocupado, Comelli aproveitou a folga na tabela para testar essa nova formatação. Leandro entrou no time, como líbero.
Assim, Agenor formou com Vágner (pois Pituca está suspenso) a dupla de volantes. O treinador também iniciou o treino sem Giuliano, liberando Kleber para a armação das jogadas.
Outra mudança ocorreu na lateral-esquerda, com Rogerinho na vaga de Fabinho. Com dores musculares, o titular foi poupado do treino. Gabriel também trabalhou entre os titulares, pois Mauro segue no departamento médico.
“Não sabemos se essa estratégia será aplicada no jogo ou não. Mas, é bom ter algumas variações”, comentou o zagueiro Fabrício. “Temos uma série de jogos difíceis pela frente e temos que estar preparados para tudo.”
Durante o treino, Comelli foi obrigado a mexer em mais duas posições. Agenor e Rogerinho deixaram o campo lesionados. Com isso, Giuliano entrou no meio-de-campo e Naves na ala-direita, com Murilo sendo deslocado para o lado esquerdo.
A meta do Tricolor é recuperar o bom futebol apresentando em Goiânia, na melhor atuação do time fora de casa nesta Série B. “É difícil precisar o que aconteceu na última partida. Não fomos bem. Mas, temos é que trabalhar forte, sabendo que teremos mais uma decisão pela frente. O quanto antes a gente conseguir se afastar das últimas colocações, melhor”, concluiu o garoto Giuliano. Sobreviver na Série B foi o que restou ao Paraná Clube nas sete últimas rodadas da competição, onde fará quatro jogos fora e apenas três no Durival Britto.