O técnico Paulo Comelli decidiu apostar suas fichas em uma nova estratégia, recorrendo a um time coeso e veloz. Com isso, o centroavante Leonardo foi sacado do time, para o jogo de amanhã – às 20h30, no Castelão – frente ao Ceará.
Éder vai formar o ataque com Ricardinho, num jogo onde o Tricolor tenta pôr fim ao incômodo jejum de vitórias fora de casa. Esta é apenas uma das seis alterações na equipe, em relação à última rodada, onde a derrota para o Bragantino custou a volta para a temível zona do rebaixamento.
Diante dos três desfalques -Daniel Marques, Leandro e Agenor, todos suspensos – o técnico paranista armou a zaga com Luciano e Fabrício, tendo ainda a entrada de Rômulo como primeiro volante.
Porém, insatisfeito com a vulnerabilidade do seu time na última partida, Comelli decidiu trocar o meia Gláucio pelo volante Vágner. “Na Série B tem que ter pegada e às vezes a equipe dá sinais de que não assimilou isso. Então, o jeito é mudar e buscar uma formação mais coesa”, analisou o comandante paranista.
Com um trio de volantes à frente da zaga – Pituca forma o meio-de-campo com Rômulo e Vágner – a idéia é permitiu maior liberdade ao meia Cristian, que retorna ao time, recuperado de uma virose.
“Às vezes, o time sofre gols e se imputa culpa ao goleiro ou aos zagueiros. Mas a marcação tem que ser coletiva, com a participação de todos. Ainda mais nessa Série B”, afirmou Comelli.
Na teoria, com pelo menos cinco jogadores com características de marcação, além dos laterais, o Paraná buscará uma ocupação equilibrada dos espaços para jogar tudo em contragolpes.
“Num campo grande como o Castelão, é preciso ter inteligência para jogar. Ficar fechadinhos, mas saindo com precisão”, lembrou o meia Cristian. Sua ausência nas duas últimas partidas foi sentida e o Paraná não conseguiu imprimir um bom ritmo ofensivo. “O que acontece nesta segundona é que os adversários não se expõem. Principalmente nos jogos na Vila Capanema. Jogando fora, temos que atuar também dessa forma, com cautela”, lembrou o meia, já prevendo a possibilidade do Tricolor explorar os espaços que o Ceará deixará, já que o adversário precisa da vitória para encostar na ponta de cima da tabela.
Comelli, diante dessa tendência, decidiu armar o time com dois jogadores rápidos no setor ofensivo. “O Leonardo ainda vem numa fase de recuperação após quase um ano parado. Prefiro ter ele inteiro para os jogos em casa”, comentou o treinador. Assim, nos dois últimos treinos realizados em Curitiba, escalou Éder ao lado de Ricardinho e vai iniciar assim o jogo de amanhã.
“Quero um time dinâmico. Marcando forte, mas saindo com velocidade e precisão. Acredito que o Éder pode dar uma resposta positiva”, analisou o técnico, que persegue sua primeira vitória fora de casa, à frente do Tricolor.