Sem comando

Paulo César Carpegiani não dirige mais o Atlético

O Atlético foi na contramão da política. No dia em que foram definidos o novo governador e os novos parlamentares do Estado, o Furacão ficou sem comando em sua comissão técnica. Paulo César Carpegiani aceitou a proposta do São Paulo e não dirige mais o Rubro-Negro no Brasileirão.

O clube da Baixada ainda não definiu o substituto. A lista de nomes especulados é grande. Sérgio Soares e Marcelo Oliveira, que passaram recentemente pelo Paraná Clube, aparecem com mais força. Tite, Levir Culpi e até Geninho e Antônio Lopes, velhos conhecidos da torcida, correm por fora.

Por enquanto, o time será comandado interinamente por Leandro Niehues. O atual auxiliar técnico foi o treinador da equipe antes da chegada de Carpegiani, em junho, em deixou o Atlético na zona de rebaixamento, na 18.ª posição.

Carpegiani deve começar o trabalho no São Paulo já na tarde de hoje. Antes, às 10h, ele dará entrevista coletiva na Arena da Baixada para explicar sua decisão. Segundo nota oficial divulgada pelo Atlético, a proposta financeira feita pelo tricolor paulista ao treinador foi irrecusável.

Antes de anunciar sua saída o ex-treinador do Furacão falou com a Tribuna sobre sua carreira e a importância de sua passagem pelo CT do Caju. “Trabalho onde realmente me sinto à vontade, quando estou com a disposição para trabalhar. Nem sempre trabalho em equipes de ponta. Muitas vezes não se tem oportunidade de trabalhar com grande elenco, equipes de ponta que são sempre favoritas. É essa a grande dificuldade da vida. E eu aceitei o Atlético por ter este desafio, pelo retrospecto. É o grande desafio da minha carreira”, afirmou.

No Morumbi, Carpegiani parece ter encontrado um desafio mais atraente. O presidente atleticano, Marcos Malucelli, se mostrou conformado com a saída do treinador. “Ele já tinha me dito durante a semana que havia sido procurado pelo São Paulo. Não negociamos, por que o que ele vai ganhar lá é muito mais do que aqui”, afirmou. Especula-se que vá receber R$ 350 de salário, enquanto ganhava R$ 120 mil no Atlético.

Trajetória

Foi a segunda passagem de Carpegiani pela Baixada. Em 2001, o treinador ajudou a formar a equipe conquistou o Campeonato Brasileiro. Desta vez, ele assumiu a equipe em crise, brigando contra o rebaixamento. Participou de uma completa reformulação do elenco atleticano, com a contratação de nada menos que 13 jogadores, que deram uma nova cara ao Furacão.

Ao todo, foram 22 jogos, com 11 vitórias, cinco empates e seis derrotas. Um aproveitamento de mais de 57% dos pontos disputados. O resultado foi um incrível salto na tabela, com o time chegando à quinta posição e brigando por uma vaga na Libertadores.

O desempenho chamou o interesse do São Paulo, que decidiu investir alto na contratação do técnico. Ninguém confirmou os valores, mas estima-se que Carpegiani irá receber cerca de R$ 300 mil por mês no Morumbi.

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