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Emerson treinou ontem cobranças de
falta, uma de suas especialidades.

Em um "jogo de risco", o Paraná Clube busca pôr um fim a toda a tensão que esteve presente em boa parte da trajetória do time neste brasileirão. Foram vinte rodadas na ZR – por três vezes na laterna – e, quando não figurava entre os quatro últimos, o Tricolor estava à beira do abismo. Há três meses, porém, rebaixamento tornou-se palavra "proibida" pelo treinador e com muita psicologia, o caminho para o renascimento foi aberto. "Agora, só falta aquele último passo", frisa Paulo Campos, animado com a possibilidade de atingir o objetivo antes da última rodada.

Sem dúvidas, "mas com opções", o treinador não anuncia oficialmente o time. É pouco provável, no entanto, que Paulo Campos decida aplicar alguma surpresa. Independente da resposta positiva que Messias e Sinval têm dado nas últimas jornadas – e mesmo nos treinos – eles devem ficar no banco de reservas. O fato de escalar um trio de criatividade no meio-de-campo (com Cristian, Canindé e Marcel), não significa que o Paraná vai se lançar ao ataque desenfreadamente.

"É jogo para muito, mas muito controle emocional", sentenciou Campos. Ressaltou a qualidade do adversário, que é muito forte no Heriberto Hülse e "corre muito". Para equilibrar as ações, aposta na compactação do meio-de-campo, como vem ocorrendo não apenas em jogos realizados no Pinheirão. Nas últimas partidas disputadas fora de casa, o Paraná só sofreu revés diante do São Caetano. O jogo realizado no ABC Paulista trouxe lições à equipe, que fez um bom primeiro tempo, mas depois recuou em demasia e foi castigada com um gol no último minuto.

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No jogo seguinte, em Belém, o Paraná já foi mais eficiente na marcação. Surgiu então outro problema: o desperdício de oportunidades em contragolpes. "O segredo é o equilíbrio", lembrou o volante Beto. "Não podemos dar espaços ao Criciúma e, chegando à frente, é preciso decidir". Beto atuará, mais uma vez, ao lado de Axel. Recuperado de uma lesão na coxa direita, o capitão participou da maior parte do coletivo de ontem. "Só saí no final por precaução, mas estou em plenas condições", disse.

A rigor, o Paraná terá apenas a volta de Émerson à zaga, após cumprir suspensão. "É jogo complicado, de risco. Mas, o nosso é menor, pois uma vitória nos tira do sufoco", disse. Émerson completa amanhã dez jogos com a camisa do Paraná e todos reconhecem que sua entrada garantiu estabilidade ao setor defensivo. Ontem, ele ensaiou algumas cobranças de faltas. "Na Portuguesa, fui até artilheiro, fazendo gols em faltas e pênaltis. O Zagallo era nosso treinador. Tenho 29 ou 30 gols na carreira, o que acho uma média legal para um zagueiro", finalizou.

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