Persistência. Uma palavra-chave para a seqüência do Paraná Clube no Brasileirão. Sem vencer há quatro rodadas, o Tricolor terá agora uma seqüência de dois jogos fora de casa, contra Vasco da Gama, no sábado, e um clássico frente ao Coritiba (dia 26 de junho), no Couto Pereira. Para o técnico Paulo Campos, é preciso paciência, mas também maior concentração nos jogos, principalmente no momento das finalizações.
“Já cometemos a nossa dose de erros. De nada adianta jogar bem se não transformarmos oportunidades em gols”, avisou o treinador. Sem uma vitória sequer na condição de visitante, o Paraná tenta quebrar este tabu em São Januário. Tirando por base o que o time rendeu na rodada anterior, Gaertner agendou para esta semana atividades em sub-grupos, trabalhando separadamente cada setor da equipe. Ontem, conversou com goleiros e jogadores de defesa. Na seqüência, o trabalho psicológioco será voltado para atletas do meio-de-campo e, por último, do ataque.
“Não tenho dúvida em afirmar que, se essa base for mantida, o Paraná chegará no ano que vem estruturado para brigar pelo título estadual. Por conseqüência, antes disso temos condições de terminar bem o Campeonato Brasileiro”, avisou Campos. O treinador, mesmo tendo sido obrigado a mexer no time seguidamente – vem perdendo atletas por suspensão e lesão – garante que a equipe-base está montada. A partir desta análise, o treinador sente-se à vontade até para mudar a estrutura tática, já que deve apostar num 3-5-2 para o jogo do próximo fim de semana, quando não poderá contar com Axel e Beto, suspensos.
Clube quer o gramado recuperado para julho
O Paraná Clube só volta a mandar um jogo no Pinheirão no dia 4 de julho. Até lá, a diretoria espera que o gramado do estádio da FPFutebol esteja “recuperado”. Por causa da chuva intensa de sexta-feira passada, a situação lastimável do campo de jogo foi um obstáculo significativo para o Tricolor.
A diretoria fez algumas solicitações à FPF e espera que o gramado receba toda a atenção possível nas próximas semanas. “Já pedi para que escolinhas e times amadores não atuem nos próximos dias no Pinheirão. Além disso, é preciso que se verifique a situação da drenagem do campo”, disse José Domingos.
O dirigente praticamente descartou a possibilidade do Paraná recorrer a outras alternativas. O clube não pretende ir para o interior do Estado, como acontece, por exemplo, com Flamengo e Fluminense. “É uma situação complicada, pois demanda tempo para a autorização da CBF”, explicou. “Além disso, há os pacotes já comercializados. Para optar por uma saída de Curitiba, teria que ser em condições altamente vantajosas sob o aspecto financeiro.”