Paulo Campos esconde o time do clássico

O técnico Paulo Campos vai usar das mesmas armas do adversário. Desta vez – como em clássicos anteriores – a escalação do Paraná Clube só será conhecida momentos antes do jogo. Para fazer valer o “mistério”, os treinos táticos serão realizados sem a presença de jornalistas ou torcedores. Mesmo com jogadores importantes como João Paulo e Maranhão ainda em período de recuperação de lesões, alternativas não faltam e o tricolor pode jogar com três zagueiros, com três volantes ou até mesmo no tradicional 4-4-2.

O jogo de domingo, às 16h, no estádio Joaquim Américo, será o 20.º sob o comando de Paulo Campos na temporada. Em raros momentos o treinador recorreu ao 3-5-2 e não esconde sua preferência por um sistema com a utilização de apenas dois zagueiros. Não que isso torne seu time mais vulnerável. Os números provam o contrário. À exceção das goleadas no início do Brasileirão – para Vitória (1×6) e Juventude (0x4), o Paraná de Paulo Campos, quando superado, perdeu “de pouco”. A maior diferença ocorreu na partida frente ao São Paulo, em Curitiba: 0x2. As outras três derrotas de Paulo Campos foram pela diferença mínima, contra Ponte Preta e Guarani, no 1.º turno, e Botafogo, no mês passado.

“É tudo uma questão de equilíbrio. Hoje, mesmo em jogos que ficamos em desvantagem, o time soube ir em busca do resultado”, comentou o zagueiro Émerson. Isso ocorreu diante de Vasco da Gama e Palmeiras, com o Paraná virando o placar frente aos cariocas e empatando com os paulistas. Essa regularidade é que o tricolor tenta levar para o duelo com o líder do campeonato brasileiro. “Eles estão na ponta, mas não podem vacilar, pois o Santos está na cola. Por isso, acredito que o Atlético virá com tudo pra cima da gente”, afirmou o atacante Maranhão, principal opção para o contragolpe.

Só que o atacante se recupera de uma lesão provocada pela seqüência de treinos em campos muito duros. Pela previsão do médico Rafael Kleinschmidt, o jogador volta aos treinos com o grupo somente na quinta-feira, mas não está fora do jogo. Maranhão, ao que tudo indica, ficaria no banco de reservas, pois o treinador terá a volta de Marcel. Depois de um longo período na suplência, Marcel ganhou a preferência no jogo contra o Vasco. Fez um dos gols, mas recebeu o 3.º amarelo e acabou expulso, resultando em dois jogos de suspensão. “Espero voltar, pois será um grande jogo, com duas equipes motivadas e jogando em casa cheia”, comentou Marcel.

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