Partiu de Paulo Baier o pedido para que a renovação de contrato fosse por mais dois anos. Assim ele espera encerrar sua carreira no Atlético. O meio-campista não se vê vestindo outra camisa antes de pendurar as chuteiras.
“Estou identificado ao máximo com o Atlético. Estou muito feliz, satisfeito. Era minha intenção renovar por mais tempo, por que gostaria de encerrar minha carreira aqui”, disse o maestro.
O reconhecimento do trabalho desenvolvido por Baier em um ano e meio de clube é tanto que a conversa não durou meia hora com o presidente Marcos Malucelli, mesmo com um pedido de renovação maior do que era esperado.
“Foi a coisa mais fácil. Não teve aquela coisa de novela. Foram 10, 15 minutos de conversa e tudo estava resolvido. Para nós, quanto mais simples e objetivo, melhor. E foi desta maneira com o presidente”, revelou o capitão atleticano.
Mesmo falando em mais dois anos de futebol, e depois voltar as tenções para a aposentadoria, Paulo Baier não descarta por completo uma possível renovação depois de 2012. Mas isso é assunto para depois.
“A intenção é me aposentar, mas vamos ver mais para frente. Se você está motivado pode jogar até 40 anos. Eu ainda estou motivado para os treinos, concentração, gosto de fazer isso. Para mim é o maior prazer”, acrescentou Baier, que garante não ter mudado de ideia, ainda, quanto aos dois anos.
O que ele quer a partir de 2013 é uma vida longe do futebol. “Já esta tudo na mente. Serão dois anos aqui, tranquilo, fazendo o meu melhor, me dedicando, sendo profissional, e aí, quando acabar, irei cuidar da plantação de soja, levar a família para viajar”, contou o meia.
Com uma semana cheia de novidades, e já com sabor de nostalgia, por serem os últimos dias de trabalho, Baier espera fechar a semana com chave de ouro. Ele que ver a Arena da Baixada lotada domingo, no jogo contra o Avaí, mesmo o time estando fora da briga pela Copa Libertadores.
Para o maestro, a torcida precisa comparecer ao jogo, em forma de agradecimento pela boa campanha atleticana, depois de tantos anos amargando lugares ruins na tabela de classificação. Ele ainda quer a vitória para garantir a quinta colocação na Série A deste ano.
“Espero que o torcedor nos ajude e compareça para fazer esta homenagem. Ninguém dava nada para o Atlético. No início, falavam que ia cair e fizemos uma campanha excepcional. Foi um ano especial”, destacou.
Idade não afeta o fôlego
Allan Costa Pinto |
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Riva de Carli: só elogios a Baier. |
Paulo Baier chega aos 36 anos, idade avançada para a maioria dos jogadores, e com um fôlego de menino. Mesmo sendo o “velhinho” do Atlético – como ele mesmo diz – tem dado trabalho às defesas adversárias.
Com mais dois anos assegurados no Rubro-Negro, Baier deve encerrar sua carreira aos 38 anos. Para ele, a idade não será problema, principalmente no ano que vem, quando seu clube disputará quatro competições: Paranaense, Copa do Brasil, Copa-Sul-Americana e Campeonato Brasileiro.
Neste ano, o meio-campista atuou em 30 jogos da Série A e domingo, contra o Avaí, pode chegar a 31 – número superior a muitos novatos do time. Ele garante que a participação poderia ter sido ainda maior, não fosse Paulo César Carpegiani optar por poupá-lo em algumas partidas.
“Aguento os jogo do ana que vem, sim. Nossos preparadores são de alto nível, de qualidade. Eu fui poupado por opção do Carpegiani. Domingo faço 31 jogos, de 38, e fui poupado em quatro. Poderia ter jogador 36 facilmente. Estou me sentindo muito bem, cada vez mais motivado”, garantiu Baier.
Se para alguns, uma renovação longa com jogador mais velho pode ser arriscada, no caso de Paulo Baier, a situa&cc,edil;ão é diferente. O preparador físico Riva de Carli avaliza o capitão pelas próximas duas temporadas. “Em se tratando de Baier, nada é arriscado”, destacou Riva.
O preparador assegura ainda que Baier não terá queda de rendimento pela idade. Pelo contrário, pela condição dele hoje, continuará sendo um algoz dos adversários.
“O Baier tem uma capacidade aeróbica excepcional. É um dos melhores dentro do Brasil, com esta capacidade. Ele pode correr 90 minutos. O que temos que estar atentos é com relação à força. Um atleta quando vai ficando mais velho perde força muscular”, explicou Carli.