Campinas – Campinas – Normalmente apontados como favoritos ao título, os clubes paulistas andam em baixa dentro do Brasileiro da Série B. Nenhum dos seis representantes de São Paulo está no momento, antes do início da última rodada do 1.º turno, entre os quatro melhores e que vão garantir o acesso à elite em 2007. Apontar um clube de São Paulo para subir, só mesmo na condição de zebra.
Três paulistas estão em posições intermediárias, mas não distante do grupo de elite. O primeiro é o Paulista, com 27 pontos, em 7.º lugar. ?Nosso grupo está respondendo bem e pode chegar?, diz, confiante, o técnico Vagner Mancini, que durante a temporada sofreu várias baixas e até enfrentou uma crise financeira, com atrasos de salários por dois meses.
Mas há situações interessantes, como do Santo André, que formou seu grupo durante a competição e saiu da zona do rebaixamento para se tornar aspirante ao acesso. A campanha é muito parecida a do Paulista, em vantagem no número de gols marcados – 20 a 19.
Um pouco atrás, com 26 pontos, em 10.º lugar, está o Marília, que tem um jogo a menos. Não fossem tantos empates – 8 no total – com certeza, estaria no bloco de frente. ?No início da competição não poderíamos arriscar muito no ataque, porque o time era novo. Mas agora sabemos o que temos em mãos e até onde podemos chegar?, alega o treinador Arthur Bernardes.
O Ituano demorou para trocar de técnico e pode pagar caro. De cotado para brigar pelo acesso, luta agora para se afastar da zona do rebaixamento, com 21 pontos, em 15.º lugar. O time ficou sete jogos sem vencer, o que culminou na saída de Leandro Campos e na entrada de Roberto Fernandes.
Atrás dele, dois times que vivem os últimos anos mergulhados em crises, técnica e financeira: Guarani e Portuguesa. O Guarani tem 20 pontos, mas espera recuperar três que lhe foram tomados pela CBF à pedido da Fifa. Tudo por conta de um débito em torno de US$ 15 mil (R$ 30 mil), que está sendo quitado. É até possível que os pontos retornem na tabela. Até lá, o time se apega à mudança de técnico: saiu Gainete para a entrada de Barbiéri, ex-Portuguesa. Além disso, o time campineiro está com salários atrasados e sem condições de se reforçar na luta contra o rebaixamento. Esta também é a meta da Portuguesa, com apenas 18 pontos e na 18.ª posição. A esperança no Canindé é o técnico Caninho, um talismã do clube. Ele, porém, vai sofrer para evitar o rebaixamento para a Série C. Tanto Guarani como Portuguesa, no 1.º semestre, atingiram o fundo do poço no futebol paulista caindo para a Série A-2, equivalente à 2.ª Divisão.