Paulistão terá 21 times e 12 datas

O campeonato paulista de 2003 terá 21 equipes e será realizado dentro das 12 datas impostas pela CBF. Vai de 26 de janeiro a 23 de março. A decisão ocorreu ontem, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), durante a reunião do Conselho Arbitral, que reúne todos os participantes. Como não houve unanimidade entre os presidentes de clubes – Corinthians e São Paulo votaram contra competição com 24 times -, Francana, Matonense e São José, que pleiteavam vagas na primeira divisão, disputarão a Série A2.

O campeonato paulista terá três grupos de sete equipes, que se enfrentarão em turno único. Os dois primeiros de cada, mais os dois melhores terceiros colocados, se classificando para as quartas-de-final, que terá apenas um jogo. As semifinais e a decisão serão em jogos de ida e volta.

O grupo A será composto por Palmeiras, Guarani, Ponte Preta, Ituano, Rio Branco, Barbarense e Mogi Mirim. Já o B terá São Paulo, Santos, Internacional, Juventus, Santo André, Jundiaí e Portuguesa Santista. E o C contará com Corinthians, Lusa, São Caetano, Botafogo, Marília, América e União São João.

Paralelamente à disputa pelo título, haverá o Torneio do Descenso. O 9.º colocado da fase inicial estará livre dele. Os 12 clubes restantes serão divididos em dois grupos de seis cada. E se confrontam (A x B), portanto, em cinco datas. O pior time será rebaixado direto para a Série A2, enquanto o penúltimo colocado ainda terá a chance de se livrar, disputando o “rebolo” com o vice-campeão da segunda divisão.

Bastidores

O presidente do Palmeiras Mustafá Contursi chegou atrasado à reunião e não participou da votação. Corinthians e São Paulo votaram contra o aumento para 24 clubes, derrubando a unanimidade exigida para a mudança.

O presidente do Corin-thians, Alberto Dualib, fez um discurso contra o inchaço da competição. A defesa do aumento de clubes na primeira divisão foi feita por Antonio Aparecido Galli, presidente da Matonense, rebaixada este ano para a Série A2.

Após a decisão do conselho, Antonio Aparecido Galli, que tinha sido convidado para a reunião, chorou copiosamente. O presidente da federação, Eduardo José Farah, falou que este será o “menor campeonato paulista de todos os tempos”.

O clima ficou tenso após a reunião, quando os dirigentes abriram as portas para a imprensa. O repórter Marcos Silva, da rádio Difusora de Franca, fez uma pergunta considerada agressiva ao presidente Farah e foi retirado por seguranças do prédio da FPF. Ele indagou sobre a permanência do Guarani, time para qual o dirigente torce, na elite paulista ocorrida ano passado. Farah explicou que Guarani e Mogi Mirim foram favorecidos pela criação da Liga Rio-São Paulo. Não satisfeito com a resposta, o repórter insistiu até irritar o dirigente.

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