São Paulo – Depois de dois anos seguidos sendo disputado em pontos corridos, o Campeonato Paulista volta a ter finais em 2007. A partir de hoje, 20 equipes começam a luta pelo título de campeão, que será conhecido apenas em 6 de maio.

continua após a publicidade

Os quatro grandes do estado – Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos, atual campeão – são, como sempre, os favoritos ao título.

Mas outras equipes tentam surpreender, como já aconteceu em 2006, quando o Noroeste chegou a brigar para ser campeão e acabou em quarto lugar.

Na história, o maior campeão é o Corinthians, com 25 títulos, contra 21 do Palmeiras, 20 do São Paulo, 16 do Santos e 1 de Bragantino e São Caetano – além de outros dois campeões, a Portuguesa, com 3 títulos, e a Inter de Limeira, com 1, que estão na Série A2.

continua após a publicidade

Além dos mata-matas a partir das semifinais, outra novidade na fórmula é a criação do troféu ?Campeão do Interior?. Os times que ficarem do quinto ao oitavo lugar disputam a taça em confrontos de semifinal e final. Os quatro grandes não entram na disputa – se terminarem nessas posições, serão substituídos por quem aparecer na seqüência. Por outro lado, se um time do interior ficar entre os quatro primeiros, não lutará por esse título.

O equilíbrio das forças é grande. Alguns azarões têm boas chances de ir longe, como o Paulista de Jundiaí, que mantém o técnico Vagner Mancini e a base do time quinto colocado na Série B do Brasileiro. Outros candidatos são o Noroeste, que mudou o time, mas segue com força, e Ponte Preta e São Caetano, que mudaram seus elencos para voltar à elite do Nacional.

continua após a publicidade

O Santo André confia na tradição de realizar boas campanhas, o América aposta no técnico Márcio Bittencourt e em três paraguaios, e o São Bento terá o técnico Freddy Rincón, que fracassou ano passado no Iraty.

No bloco intermediário figuram o Ituano, que vive momento delicado com a saída do empresário Oliveira Júnior, Juventus, Bragantino, o jovem time do Rio Branco e o Marília, que quase caiu em 2006.

Já os quatro caçulas brigam para continuar na festa em 2008. O mais estruturado é o Barueri, que comemora seis acessos em apenas cinco anos, o último deles para a Série B do Brasileiro. O Sertãozinho pegou a base do Ituano, o Guaratinguetá aposta no modelo clube-empresa e o Rio Claro mesclou juventude e experiência para suportar a pressão.

Entre os clubes, o São Paulo, atual campeão brasileiro, parte como favorito. Corinthians e Palmeiras são incógnitas, mas precisam da afirmação que um título paulista pode dar.

E o Santos não deve se esforçar muito pelo bi, já que irá priorizar a Copa Libertadores.

Técnicos são os astros

Em um futebol que perde cada vez mais cedo seus jogadores para a Europa, as grandes estrelas do Campeonato Paulista estarão no banco de reservas. Três dos melhores técnicos do País estarão à frente de favoritos ao título: Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão. Caio Júnior tenta entrar neste rol pelo Palmeiras.

Luxemburgo e Leão têm o melhor pagamento do Paulistão: R$ 500 mil mensais. O único jogador que mais se aproxima de seus vencimentos é o meia santista Zé Roberto.

Muricy tenta recuperar sua incrível seqüência de conquistas em estaduais. Foi pentacampeão: 2001 e 2002, pernambucano com o Náutico; 2003, gaúcho com o Internacional; 2004, paulista com o São Caetano; e 2005, gaúcho com o Internacional. Caiu ano passado, ao terminar com o vice-campeonato com o São Paulo.

Luxemburgo tenta o segundo título consecutivo com o Santos e o sétimo de sua carreira. Ganhou em 1990 com o surpreendente Bragantino, comandou o Palmeiras em 1993, 1994 e 1996 e o Corinthians em 2001.

Leão busca resgatar o prestígio abalado após o mau 2006, quando foi demitido no Palmeiras e brigou o tempo todo para fugir do rebaixamento com o Corinthians. Apesar de toda a badalação, seu currículo registra apenas duas conquistas importantes: o Brasileiro de 2002, com o Santos, e o Paulista de 2005, com o São Paulo.

Enquanto isso, o Palmeiras vive situação diferente, com um técnico novato. Caio Júnior trocou a histórica participação da Libertadores com o Paraná pela turbulência do Palestra Itália. Vai ter de provar seu talento num clube que está louco pelo título paulista, que não vence desde 1996.