Rio de Janeiro – Após 134 dias da primeira partida, em 2 de fevereiro, é chegado o dia dos confrontos finais da Copa do Brasil. Dos 64 clubes que iniciaram a disputa apenas Fluminense e Paulista sobreviveram à maratona de dez jogos, e agora buscam o título que levará uma das duas equipes a disputar a Taça Libertadores da América em 2006.
A primeira partida acontecerá hoje, às 21h50, no Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí. A segunda, no dia 22, em São Januário. Para o duelo inicial, as duas equipes fazem suspense. O Fluminense refugiou-se em Campinas, no interior paulista, após disputar pelo campeonato brasileiro uma partida contra o Santos.
O técnico Abel Braga, escaldado com a competição em 2004, quando chegou à final no comando do Flamengo e perdeu para outro time paulista, o Santo André, preferiu conter o ânimo da sua equipe e pretende anunciar os titulares somente momentos antes da equipe entrar em campo.
Já, pelo lado paulista, o Jundiaí, do técnico Vagner Mancini, também optou pelo mistério. A única ausência certa será a do capitão Anderson. O zagueiro foi expulso no jogo contra o Cruzeiro e, para o lugar do defensor, o treinador deve chamar Rever.
Assim como Mancini, Abel Braga terá desfalques. No caso do Fluminense serão cinco no total. Servindo à seleção Sub-20 estão Arouca e Diego. Entre os machucados, aparecem Preto Casagrande e Leandro, enquanto que Fabiano Eller cumpre suspensão.
Durante a disputa desta Copa do Brasil, tanto o Paulista, quanto o Fluminense, precisaram dos dois jogos para seguir adiante na competição. Jogando fora de casa o Fluminense marcou nove gols, contra dez anotados em casa. Já o Paulista, dentro e fora de casa, marcou sete gols.
?Vamos buscar fazer um bom resultado em Jundiaí, fazendo gols, pois fará diferença na partida de volta?, contou Gabriel, lateral-direito do Fluminense.
Abel Braga lembrou que nas cinco partidas disputadas em casa, o Paulista não perdeu nenhuma. ?Além disso, eliminou grandes equipes e, por isso, precisa ser respeitado?, afirmou o treinador.
Superstição
Se superstição ganha jogo, ninguém sabe. Mesmo assim os torcedores do Paulista estão acreditando na conquista do título da Copa do Brasil pela equipe, com base nas coincidências, lembrando o que ocorreu com o Santo André, que desbancou o favorito Flamengo em pleno Maracanã.
O técnico do Fluminense, Abel Braga, tenta pela segunda vez consecutiva conquistar o campeonato. Na primeira oportunidade, no comando do Flamengo, no ano passado, o treinador perdeu o título em situações semelhantes.
A decisão será novamente entre um clube do interior paulista e um grande do Rio de Janeiro. O técnico carioca é o mesmo Abel Braga. Fabiano Eller e Felipe compõem o elenco do Flu e a decisão será, assim como em 2004, na Cidade Maravilhosa.
Ficha técnica
Paulista – Rafael; Lucas, Rever, Dema e Juninho; Cristhian, Juliano, F. Gomes e Amaral; Marcio Mossoró e Finazzi. Técnico: Vagner Mancini. Fluminense -Kleber; Gabriel, Antônio Carlos, Igor, Juan; Marcão, Radamés, Juninho e Maicon; Alex e Tuta. Técnico: Abel Braga. Árbitro: Wilson de Souza Mendonça (PE/Fifa)
Assistentes: Erick Bartholomeu Antas e Silva Bandeira (PE/Fifa) e Milton Otaviano dos Santos (RN/Fifa). Local: Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí (SP). Horário: 21h55.
Estranha ausência no STJD
Rio – O Fluminense se livrou ontem de provável punição que teria de ser cumprida na segunda partida da final da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, com o Paulista, no Estádio de São Januário. O relator do processo contra o clube, Aloysio Costa, assíduo freqüentador do plenário do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), não pôde comparecer à sessão de ontem da 2.ª Comissão Disciplinar do STJD. Ele é juiz e estaria em audiência.
O clube estava denunciado com base no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por causa do arremesso de um copo plástico ao gramado, que caiu perto do assistente de arbitragem Alexandre Mattos. O artigo prevê pena ao infrator de R$ 50 mil a R$ 500 mil, além da perda de um a três mandos de campo.
De acordo com Resolução de Diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em casos de punição com aplicação do Artigo 213, o clube atingido tem de jogar com portões fechados. Para o confronto com o Paulista, em São Januário, 15 mil ingressos já foram vendidos. O argumento seria utilizado pelos advogados do Tricolor no plenário.
Mas o próprio STJD tem sido intransigente em situações semelhantes, punindo o clube cuja torcida arremessa qualquer objeto no gramado. A pena poderia ser revista se o torcedor que jogou o copo tivesse sido detido. O STJD remarcou para o dia 21 o julgamento. Se condenado, o Fluminense vai ter de atender a justiça esportiva no Campeonato Brasileiro.
