O Atlético, que hoje leva a marca de Claudinei Oliveira, apresenta mais de um caso em que a paciência é mais do que tudo uma virtude. Mais do que isso. A obstinação e o empenho dos atletas foram premiados com vagas de titulares e a confiança do “patrão”.

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No time atual do Atlético não há espaço para preguiçosos. Sem corpo mole. Willian Rocha é prova disso. Bady também é. Outro que precisou de foco para chegar ao time titular foi o volante Paulinho Dias. Vindo da Chapecoense no começo do ano, o jogador precisou esperar. Treinar e esperar muito até receber a chance. E o homem agarrou-a.

Ciente de que ser titular do Atlético é apenas consequência do que ele mesmo produz, Paulinho Dias sabe que não há espaço para vadios no futebol moderno. Um orador, quase um filósofo, o volante atleticano sabe a quem agradecer e valoriza o seu ganha pão. “Como profissional e ser humano, pessoas de caráter, você tem como obrigação desempenhar seu trabalho da melhor forma por ter gratidão a Deus por estar empregado, ter condições boas de disputar um Brasileiro da Séria A. Tenho a humildade de reconhecer isso e ser grato pela oportunidade de estar no Atlético”, disse.

Ser obstinado levou Paulinho Dias a encantar Claudinei. Se o torcedor ainda não se encanta com suas atuações, conhecer um pouco mais do que pensa e de como encara o trabalho pode ajudar os atleticanos a também desenvolverem sua paciência. “Por ter sido um sonho de criança ser jogador, a cada dia que eu entro no CT agradeço o sonho de trabalhar e levar a sério. Às vezes é fácil falar que está feliz quando está tudo certo. Mas quando está ao contrário você mostra quem você é. Procurei, quando estava fora, trabalhar. O Atlético me deu a chance de trabalhar e honrar essa camisa. Respeitar meus companheiros que estavam jogando e incentivando quando estava de fora”, disse.

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Claro que só vontade não basta. Tem que se aprimorar e se qualificar. No dito futebol moderno, quem não tem mais de uma qualidade, se dana. “Analisando friamente, em qualquer profissão você tem que ser multifuncional, fazer varias funções.

Se o volante ficar só marcando, sobrecarrega o meio, o ataque. Você tem que treinar bastante, se dedicar para ter essa dinâmica. Conseguir atacar, defender, sem esquecer que a premissa do volante é ter organização tática. Não atacar por atacar, senão você deixa a retaguarda aberta. O Claudinei vem incentivando isso, dando liberdade, sempre com inteligência. Não ir por ir, mas saber distinguir a hora certa de atacar”, falou o autor do gol da vitória do Furacão sobre o Galo.

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