Acordos de patrocínios e receitas recordes com as vendas de quase 11 milhões de ingressos ajudaram os organizadores de Londres a bater a meta de arrecadar 2,4 bilhões de libras (pouco menos de R$ 8 bilhões) para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deste ano.
A renda cobriu os custos principais de realização do maior evento esportivo do mundo, disse Paul Deighton, o ex-banqueiro do Goldman Sachs que atuou como presidente-executivo do Comitê Organizador de Londres (Locog) para os Jogos em julho e agosto.
O governo britânico separadamente forneceu quase 9 bilhões de libras de dinheiro público para construir e fornecer segurança para as instalações dos Jogos no leste de Londres. “Durante todo esse período, deixamos claro o nosso objetivo para o Locog não ficar no negativo, e estamos confiantes de que nossa receita vai suprir os nossos custos”, afirmou Deighton em uma apresentação por escrito à Assembleia de Londres, divulgada hoje.
O sucesso na Olimpíada de Londres garantiu a Deighton uma posição no Ministério das Finanças supervisionando a entrega de projetos de infraestrutura. Ele vai assumir o papel no início do próximo ano.
Os organizadores de Londres levantaram quase 750 milhões de libras por meio de acordos de patrocínios com mais de 40 empresas, incluindo a petrolífera BP, a British Airways e a empresa de telecomunicações BT.
O valor foi quase igual ao divulgado por Pequim depois que sediou os Jogos em 2008 e quase quatro vezes mais do que Atenas gerou em 2004, na última vez em que os Jogos aconteceram na Europa.
A receita de vendas de ingressos também superou as previsões, com um recorde de 659 milhões de libras após multidões quase esgotarem os lugares tanto para os Jogos Olímpicos quanto nos Paralímpicos.
Mais de 300 mil ingressos não foram vendidos, sendo a maioria para as primeiras rodadas de futebol olímpico, disse a Locog. Isso deve irritar alguns britânicos que não conseguiram assistir ao vivo depois de perderem a distribuição inicial de ingressos.