Patinação em velocidade tem paranaense na seleção

O paranaense Mauro Pareschi, 32 anos, técnico e atleta da Seleção Paranaense de Patinação em Velocidade sobre Rodas, foi convocado para a seleção brasileira da modalidade, para integrar a equipe no Pan-Americano das Nações, que será disputado no início de maio, em Mar Del Plata, Argentina. Mauro, mais conhecido nos locais de competições como ?Cobaia?, também recebeu a notícia de que irá disputar o campeonato mundial, em junho, na França. ?Estou muito feliz com mais essa oportunidade. Estou treinando forte para fazer bonito na competição. Quero trazer um bom resultado para o País?, diz.

Cobaia vem

intensificando a preparação física e técnica há mais de três meses. São sete horas de treinamento ?puxado? todos os dias. Cobaia explica que como a seleção brasileira não irá realizar nenhum treinamento em conjunto antes da competição, está treinando de acordo com as instruções que foram passadas pelo técnico da seleção, Rafael Romano. Desde o início do ano, quando começou a preparação para a temporada, o atleta já perdeu 6 kg. ?O objetivo do treino agora é trabalhar força e resistência. Apesar de algumas provas serem muito rápidas, algumas duram menos de um minuto, a patinação exige que o atleta tenha muita força e resistência?, explica.

Falta de apoio

Sem nenhum patrocínio ou apoio, apenas na base da vontade e da persistência, Cobaia é um dos destaques do esporte no País. Contando apenas com o próprio suor e o amor pelo esporte, o atleta/técnico vem conseguindo sobreviver às dificuldades de falta de estrutura: academia, acompanhamento médico, equipamentos adequados, apoio da federação etc. ?Como não temos nenhum apoio, temos dificuldades para acompanhar o ritmo dos estrangeiros. Países como Bolívia e Colômbia investem pesado no esporte, têm tradição, e por isso são os atuais campeões mundiais. Se tivessemos mais estrutura, poderíamos brigar pelo título?, diz.

Sem apoio, muitos atletas que buscam a profissionalização no esporte são obrigados a desistir, pois precisam trabalhar para sobreviver. ?Os custos para se investir no esporte não são exorbitantes como em outras modalidades. Precisamos apenas de patins, capacete, a roupa especial e alguma condição para realizar os treinamentos adequados?, revela Cobaia, ressaltando que devido às condições os treinamentos da equipe vem acontecendo na pista de patinação do Big Bownling, e nos fins de semana no Parque Barigüi.

Ainda pouco explorado pela mídia brasileira, a patinação em velocidade sobre rodas vem ganhando adeptos a cada dia. Segundo a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação, o estado de São Paulo é o maior centro de esporte, depois vem o Rio de Janeiro, e logo atrás aparece o Paraná. ?Apesar do esporte não ser comum, o número de adeptos vem aumentando todos os dias?, comenta Mauro, que também é instrutor da escola de patinação do Big Bownling, em Curitiba.

?Hoje, quando você vai a qualquer parque da cidade, os locais para a prática do esporte estão lotados de crianças e adultos. Muita gente pratica a patinação, mas não conhece as competições?, diz.

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