Hockenheim, Alemanha – Michael Schumacher fez uma corrida à parte ontem em Hockenheim. O alemão largou na pole, sustentou a liderança nas primeiras voltas, só a perdeu quando fez os pit-stops e ganhou com facilidade o Grande Prêmio da Alemanha, a 11.ª vitória em 12 corridas no ano.
Com o resultado, o sétimo título mundial é apenas uma questão de tempo para o piloto da Ferrari. A seis provas para o encerramento da temporada, Schumacher tem 110 pontos, 36 a mais que Rubens Barrichello (74).
O brasileiro não teve um dia feliz na Alemanha e enfrentou problemas do início ao fim da corrida. Logo na primeira volta, Barrichello tocou na McLaren de David Coulthard e perdeu o bico do carro. Obrigado a parar no box, voltou em último lugar e terminou em 12.º, com o pneu esquerdo traseiro furado na última volta. Pela primeira vez no ano, Barrichello não pontuou.
Com Schumacher tranqüilo à frente, Jenson Button venceu o duelo com os demais 18 pilotos e foi o segundo colocado. Mesmo largando em 13.º lugar – perdeu dez posições no grid pela troca do motor na sexta-feira – o inglês venceu uma disputa intensa com o espanhol Fernando Alonso, terceiro lugar.
David Coulthard foi o quarto colocado, seguido por Juan Pablo Montoya. Segundo no grid, o colombiano largou mal, caiu para sétimo lugar na primeira volta e não conseguiu repetir a vitória do ano passado em Hockenheim.
Na primeira corrida no comando de um carro Williams, Antônio Pizzonia fez uma corrida apenas razoável, mas conseguiu o objetivo de marcar pontos para a escuderia. O brasileiro chegou em sétimo lugar, atrás do australiano Mark Webber (Jaguar), com quem disputa uma vaga na Williams em 2005. Takuma Sato fechou a zona de pontuação em oitavo.
Felipe Massa terminou a prova em 13.º lugar, uma posição atrás de Barrichello. Cristiano da Matta abandonou a prova na 39.ª volta, com o pneu esquerdo traseiro da Toyota furado.
Kimi Raikkonen foi protagonista do principal acidente da corrida. Na 13.ª volta, o aerofólio da McLaren do finlandês, que estava em segundo lugar, se soltou e o piloto perdeu o controle do carro no final da reta dos boxes. Raikkonen nada sofreu e deixou o carro bastante irritado.
Com seis provas para o encerramento da temporada, a disputa pelo vice-campeonato ficou mais acirrada. Com o segundo lugar na Alemanha, Jenson Button chegou a 61 pontos, 13 a menos que Rubens Barrichello.
Trulli oficializa saída da Renault
Hockenhein – O emprego de Cristiano da Matta na Toyota em 2005 está seriamente ameaçado. Ontem, pouco antes da largada do GP da Alemanha, o italiano Jarno Trulli anunciou que não vai continuar na Renault na próxima temporada.
O piloto não anunciou qual o carro que vai dirigir no ano que vem, mas os comentários nos bastidores da Fórmula 1 são que Trul-li estará sentado no cockpit da Toyota. “Estou muito feliz com essa decisão e muito confiante que os meus planos para o futuro são claros”, afirmou o italiano.
Vencedor do GP de Mônaco este ano, o único triunfo na F-1, Trulli, 30 anos, foi elogiado tanto pela diretoria da Toyota quanto pelo alemão Ralf Schumacher, que já acertou contrato com a escuderia japonesa.
“Se fosse possível, obviamente seria a minha primeira opção e me agradaria”, disse Ralf no sábado, sobre uma possível parceria com Trulli. O diretor-técnico da Toyota, Mike Gascoyne, também exaltou as qualidades do italiano.
“Sempre disse que ele (Trul-li) é um dos pilotos mais rápídos. Ele é consistente e é a razão da Renault estar em segundo lugar no Mundial (de Construtores). Precisamos de um piloto rápido”, disse Gascoyne.
O contrato de Cristiano da Matta com a Toyota termina no fim do ano e prevê que a escuderia tem a opção de renová-lo por um ano. Mas a tendência é que a diretoria da equipe não exerça esse direito. Da Matta está na Toyota há dois anos, após ser campeão da F-Cart nos Estados Unidos.