Um dia depois de reassumir o comando da seleção sul-africana, o técnico Carlos Alberto Parreira fez nesta sexta-feira um diagnóstico preocupante. Segundo ele, os jogadores estão desanimados e fora da forma ideal. Mas o brasileiro também mostrou otimismo e confiança na preparação da África do Sul para disputar a Copa do Mundo de 2010.

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Parreira comandou a África do Sul entre janeiro de 2007 e abril de 2008, mas deixou o cargo para resolver problemas particulares. Seu substituto foi o também brasileiro Joel Santana, que acabou sendo demitido no mês passado. Assim, o antigo treinador foi chamado de volta e aceitou o desafio de reassumir a seleção sul-africana.

Na primeira entrevista após reassumir o cargo, nesta sexta-feira, em Johannesburgo, Parreira admitiu que a seleção está desanimada após os fracos resultados dos últimos meses – perdeu oito dos últimos nove jogos. Mas ele acredita que duas vitórias nos amistosos contra Japão e Jamaica, em 14 e 17 de novembro, irão recuperar o moral do grupo.

“Esses jogos são muito importantes para nós. Queremos ganhar todos os jogos. Será assim que iremos recuperar a confiança”, explicou Parreira, que também fez um apelo a todos os sul-africanos. “Vamos abraçar esse time. Se construirmos um sentimento positivo com a seleção, tenho certeza de que a resposta será fantástica.”

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Além do desânimo pelos resultados ruins, Parreira avaliou que os jogadores da seleção sul-africana não estão na forma física ideal. Segundo ele, estar bem preparado será fundamental para ter sucesso no Mundial de 2010. “A Copa do Mundo é uma guerra. Você deve treinar e jogar como um guerreiro”, avisou o treinador brasileiro.

Ao justificar sua tese, Parreira lembrou que a maioria dos titulares da seleção sul-africana está passando muito tempo no banco de reservas de seus clubes – quase todos jogam fora do país. Por isso, ele confia nos períodos de treinamento que o grupo fará no Brasil, em março, e na Alemanha, em abril, para colocar todo mundo em forma.

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Durante a entrevista, Parreira aproveitou para elogiar o trabalho de Joel Santana, a quem tinha indicado para o cargo. E ainda mostrou confiança no objetivo sul-africano de passar da primeira fase do Mundial que disputará em casa. “Acredito que podemos chegar lá. E depois disso, o céu é o limite. Tudo pode acontecer”, afirmou.