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A "caça as bruxas" pelo fracasso da seleção na Copa da Alemanha continua. continua após a publicidade |
As declarações de Ricardo Teixeira ao Estado, por meio das quais criticou o comportamento de jogadores durante a Copa de 2006, seguem repercutindo no Brasil e na Europa. E provocaram até reação no sempre tranqüilo Carlos Alberto Parreira, treinador da seleção na Alemanha. Por meio de sua assessoria, disse que não se pronunciaria sobre o tema, alegando que seu nome não havia sido citado por Teixeira. Mas resolveu falar e cutucou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
?O Ricardo aparecia só na véspera do jogo para almoçar, estava trabalhando na Fifa?, afirmou Parreira ao jornal Extra, do Rio. ?Já em Weggis, as coisas fugiram do controle. Mas o contrato estava assinado pela CBF com a cidade. Não foi interessante para a seleção ficar lá.
Teixeira declarou ao Estado que ?tinha jogador que chegava entre 4 e 6 horas da manhã bêbado?. ?Era óbvio que aquilo não ia funcionar. Como é que ninguém via isso?? Suas afirmações atingem diretamente a comissão técnica, que tinha Parreira, hoje na África do Sul, como comandante. As respostas do treinador, que evitou entrar em conflito com o dirigente, são claras. De forma indireta, ele joga a culpa na CBF. Foi a entidade, afinal, que planejou a fase de preparação em Weggis, com portões abertos para a torcida e 5 mil pessoas por treino fazendo festa. E ainda mostrou surpresa com os comentários de Teixeira, que não passava os dias na concentração.