O técnico Carlos Alberto Parreira mostrou confiança na evolução da seleção sul-africana para a Copa do Mundo de 2010. Para o treinador, os dois empates da África do Sul nos últimos amistosos ainda não demonstram o verdadeiro potencial da equipe, mas o momento é de acreditar em uma boa campanha no Mundial.
“Eu vejo uma luz no fim do túnel”, disse Parreira em entrevista ao site da Fifa, nesta quinta-feira. “Quando tivermos esta equipe em um bom nível físico, eles irão provar serem mais competitivos. Quando eu trabalhei aqui pela primeira vez, vencemos o Paraguai por 3 a 0, e este é o patamar que eu quero que a equipe volte.”
Parreira, de 66 anos, deixou o cargo de técnico da seleção da África do Sul em abril do ano passado, alegando problemas particulares. Ele foi substituído pelo também brasileiro Joel Santana, indicado por ele. No entanto, Joel não conquistou bons resultados em sua passagem pela seleção, sendo demitido no final do mês passado, quando Parreira assumiu novamente o time.
Desde que Parreira voltou, a seleção sul-africana empatou por 0 a 0 com o Japão no último sábado e, na terça, teve novo empate sem gols, desta vez diante da Jamaica. Apesar dos resultados abaixo do esperado, Parreira ainda acredita em evolução da equipe até a Copa do Mundo.
“Seria maravilhoso se tivéssemos vencido e eu fico desapontado por isso”, comentou Parreira. “Os resultados não ajudam, eles não me deixaram satisfeito, mas estou feliz com a performance durante as duas partidas.”
Para o treinador, o desempenho da equipe na Copa das Confederações, em junho, cria uma boa expectativa para o Mundial. “As partidas contra Brasil e Espanha este ano [derrota por um gol diferença na Copa das Confederações] também mostraram o que podemos fazer quando o time está preparado. Temos que ter a Copa das Confederações como um ponto de partida. Os jogadores ficaram juntos por um tempo e eles estavam em boa forma. Isso é o que acontecerá antes da Copa do Mundo também.”
Parreira também lembrou o período de preparação da seleção sul-africana no Brasil, em março, como fator importante para o desempenho dos anfitriões do Mundial. “Eles estarão conosco por quatro semanas. Iremos ao Brasil. Nós estamos esperando jogar cerca de seis partidas contra bons adversários”, explicou Parreira.
“Quando os principais jogadores estiverem em boa forma e se encaixarem, o padrão do time vai melhorar rapidamente. Eu não tenho nenhuma dúvida sobre isso”, complementou o treinador.
