Parreira avisa à concorrência: o Brasil é candidato ao título

Rio – O técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, abandonou a modéstia e em tom firme avisou aos adversários que o Brasil é o favorito para a conquista da Copa das Confederações e o Mundial da Alemanha. O treinador adotou a postura durante as duas convocações divulgadas ontem: para as partidas contra Paraguai, dia 5 de junho, em Porto Alegre, e a Argentina, dia 8, em Buenos Aires, pelas eliminatórias do Mundial; e para a competição na Alemanha, entre os dias 15 e 29 de junho.

?Precisamos admitir esse favoritismo, aprender a conviver com isso e provar em campo. Das outras vezes, o Brasil entrava como um dos possíveis ganhadores mais por seu histórico, do que pela qualidade do futebol que vinha apresentando?, afirmou Parreira, de forma contundente, chegando até a dar socos na mesa. ?Sabemos que os europeus não vão permitir que conquistemos o sexto título e a coisa vai pegar fogo.?

Parreira explicou que a seleção não pode mais se acovardar ante a responsabilidade de ser apontada atualmente como a principal força do futebol mundial. Foi enfático ao lembrar que o Brasil precisa quebrar o tabu de só vencer competições quando ?está em baixa?.

Sobre os próximos compromissos do Brasil, Parreira destacou a necessidade de vitória contra o Paraguai para assegurar uma vaga à Copa de 2006. E, em seguida, já traçou um novo objetivo a partir da partida contra os argentinos, se obtiver êxito no confronto em Porto Alegre: vencê-los para iniciar a disputa pela primeira posição das eliminatórias Sul-Americanas.

Tanto para as partidas pelas eliminatórias quanto para a Copa das Confederações, a lista de Parreira não trouxe novidades. O detalhe é a escassez de mudanças entre os 22 convocados para os confrontos contra o Paraguai e Argentina e a disputa alemã. Do grupo, somente três jogadores não viajarão para a Copa das Confederações, já que o meia Ricardinho, do Santos, o lateral-esquerdo Roberto Carlos e o lateral-direito Cafu, cederão a vez para Alex, Léo e Cicinho, respectivamente.

Sem férias ou liberação

Rio de Janeiro – A hipótese de liberação de atletas para competições pelos clubes está praticamente descartada pelo técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira. Ele foi claro ao falar da necessidade de ter durante a Copa das Confederações todos os convocados.

Sobre a presença de Robinho e Léo, do Santos, por quase todo mês de junho na seleção, o que desfalcaria o atual campeão brasileiro na Libertadores, Parreira adotou um discurso que classificou de coerente. ?Não pode haver liberação. Se liberar para um, os outros vão começar a querer também?, disse o treinador.

Em seguida, Parreira disse que a substituição de Ricardinho por Alex para a disputa da Copa das Confederações foi decidida também com o propósito de não prejudicar o Santos. ?A idéia da CBF foi de trazer os melhores. A princípio, não dá para liberar, não?, afirmou.

Na coletiva na sede da CBF, o supervisor da seleção, Américo Faria, declarou que nenhum jogador poderia reclamar de férias na Copa das Confederações, porque, no ano seguinte, o grupo estará no Mundial da Alemanha, no mesmo período. ?Quem for à Copa vai falar de férias?,? questionou o dirigente.

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