À frente do Grupo de Estudo Técnico da Fifa durante a Copa do Mundo de 2018, Carlos Alberto Parreira espera assistir jogos de alto nível tático durante o torneio que começará no próximo dia 14 de junho, na Rússia. O ex-treinador da seleção brasileira crê que o talento individual de alguns jogadores será importante contra a rigidez na marcação imposta pelos adversários.
“Talento sempre faz a diferença. Se você vai vencer uma Copa do Mundo, sempre vai precisar contar com dois ou três atletas diferenciados. Tipo um Neymar, um Messi, um Cristiano Ronaldo”, analisou o campeão do mundo pelo Brasil em 1994, em entrevista ao site oficial da Fifa, publicada nesta quinta-feira.
De acordo com Parreira, a maioria das seleções virá com modelos parecidos de jogo: “Espero ver times que jogam um futebol coletivo e que defendam com o máximo de jogadores possíveis, com pressão e contra-ataques velozes. Equipes compactas, com muitos atletas atrás da linha da bola, fechando espaços e atacando em alto ritmo”.
Apesar da preocupação com a organização tática que as seleções devem apresentar, Parreira acredita que a Copa não será entediante. “Espero uma média de gols muito boa, mas que não bata nenhum recorde, porque as defesas vão dificultar muito. Prevejo um Mundial muito competitivo e com um bom número de gols”, afirmou.
Parreira só imagina que duas seleções possam quebrar a sequência de três Copas consecutivas vencidas por europeus. “Para isso acontecer, teria que ser alguma da América do Sul. As únicas capazes são Brasil, que tem o melhor ataque do mundo, e Argentina. Pessoas dizem que a Argentina foi mal nas Eliminatórias, mas tem tradição e o melhor jogador do mundo, que é o Messi”, explicou.
Apesar o talento individual presente nestas duas seleções, Parreira faz uma ressalva: “Não é o fator principal para se vencer. É preciso ter uma equipe e ela ser equilibrada”.