Das cinco finais que disputou pelo Corinthians, Gil ganhou quatro. É bicampeão paulista (1999/2002) campeão do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil (2002). Em todas as decisões, seu desempenho foi fundamental – marcando gols ou fazendo assistências. Só neste ano, Gil marcou 13 gols e fez 14 assistências.
Gil é também um dos atacantes que mais sofreram falta neste campeonato brasileiro: em média, 5,8 por partida. Não por acaso o técnico Carlos Alberto Parreira aposta tanto nesse menino de 22 anos nos dois jogos decisivos contra o Santos. “Ao lado do Kléber, o Gil forma uma ala-esquerda fantástica. Talvez a melhor do futebol brasileiro na atualidade”, observa o treinador corintiano.
Amanhã, contra o Santos, no Morumbi, Gil jogará a sua primeira decisão de campeonato brasileiro. Vai enfrentar Robinho e Diego, meninos como ele. Gil leva a vantagem de estar mais acostumado a esse tipo de coisa. Já provou que não treme em decisão. Ao contrário: seu futebol costuma crescer na mesma proporção que a responsabilidade. “Não vou dizer que sou um jogador de decisão, mas é verdade. Consigo me destacar quando algo maior está em jogo. Talvez seja só uma coincidência”.
Coincidência ou não, foi de Gil o gol que abriu o caminho da virada contra o Fluminense, na quarta-feira, levando o Corinthians à final do campeonato brasileiro. Gil também teve participação decisiva nos dois jogos contra o Atlético-MG pelas quartas-de-final. Com muito trabalho, conseguiu superar uma deficiência técnica: a finalização. No primeiro semestre, Gil chegou a ficar 10 jogos sem marcar. “Para você ver como são as coisas. Hoje as bolas estão entrando. Fiz até gol de cabeça (no segundo jogo contra o Fluminense), que nunca foi o meu forte”.