O Parque Olímpico da Barra irá abrigar um museu dedicado ao esporte nacional a partir do segundo semestre. O local ocupará uma área de até 1.200 m² no Velódromo e custará pouco mais de R$ 5 milhões no primeiro ano. A intenção da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), que gere quatro arenas, é que o museu seja financiado em grande parte com recursos privados.
O local será batizado de e-Museu Nacional do Esporte, e poderá ser visto também por meio da internet. Haverá até a possibilidade de se ter acesso ao acervo do museu do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Museu Olímpico de Barcelona. Segundo Bianca Gama, uma das idealizadoras do projeto, a ideia é “transcender os muros do Parque Olímpico”.
O total de objetos que ficará exposto não está definido, mas “é bastante grande”, assegura o presidente da Aglo, Paulo Márcio Dias Mello. O acervo do colecionador Roberto Gesta de Melo – ex-presidente de Confederação Brasileira de Atletismo e apontado como um dos maiores colecionadores de artefatos esportivos do mundo – fará parte do local. Objetos das Forças Armadas, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Museu Cidade Olímpica deverão compor o espaço. Atletas e ex-atletas olímpicos serão convidados a contribuir.
O museu será instalado em salas que, até o fim do ano passado, abrigavam a representação do Ministério do Esporte no Rio e a própria Aglo – agora, funcionam na Arena Carioca 1. Ao final do tour, o visitante sairá em meio ao Velódromo e terá a chance de dar voltas de bicicleta na pista.
O custo estimado do projeto é de cerca de R$ 5,1 milhões. “O valor engloba R$ 3,1 milhões para a implantação e R$ 2 milhões para a manutenção por 12 meses”, explica Dias Mello. “Estamos tentando buscar apoio da iniciativa privada. Se houver necessidade de complementação, tenho certeza de que o Ministério da Cultura poderá abraçar o projeto, ou mesmo a Aglo.”
A intenção é que o e-Museu Nacional do Esporte esteja em funcionamento em junho, para aproveitar a Copa do Mundo. “A ideia é fazer uma programação junto com o museu e trazer a população para assistir aos jogos do Brasil no Parque Olímpico”, revela Dias Mello.