São Paulo – O Comitê Paraolímpico Brasileiro pagará aos atletas, de forma parcelada e a partir de março, os prêmios por medalhas e recordes ganhos nos Jogos de Atenas, em setembro de 2004. A Agência Estado denunciou, no dia 11, que os atletas esperam pela premiação há sete meses e temiam levar calote. Através da portaria 002, datada do dia 14, o CPB informou que R$ 446,5 mil serão liberados até julho.
A maior premiação individual será a de Clodoaldo da Silva, que ganhou seis medalhas de ouro e uma de prata na natação -o equivalente a R$ 75 mil, o mesmo valor do prêmio ao time de futebol de cinco, em cinco parcelas, de março a julho. Adria Rocha Santos, do atletismo, receberá R$ 22 mil, em três parcelas.
O presidente do CPB, Vital Severino Neto, havia dito que não decidiria nada sobre os prêmios agora por causa da eleição na entidade, marcada para o dia 28. Qualquer ação poderia ter interpretações eleitoreiras. Mudou de idéia.
Filiação
Outra portaria do Comitê, com data do dia 10, poderá causar polêmica às vésperas de eleição. A medida determina a filiação de mais quatro entidades, dentre elas duas que já atuam nos esportes olímpicos: a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e a Federação Brasileira de Vela e Motor. As outras são a Associação Brasileira de Vôlei Paraolímpico e a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas. A filiação terá de ser referendada pelo Conselho Deliberativo que se reúne hoje, em Brasília. O presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa, já havia manifestado o desejo de se filiar ao CPB para aumentar os recursos da entidade.
O Comitê Paraolímpico tem colégio eleitoral formado por ABDC (cegos), Abradecar (cadeirantes), Ande (deficientes físicos) e Abiden (deficientes mentais). A oposição, com apoio de três entidades (Abradecar, Ande e Abiden), lançou o candidato José Amaury Russo e pedirá que o Ministério Público acompanhe a eleição.
Vital Severino Neto, candidato à reeleição, garante que a inclusão de mais entidades no CPB vem sendo protelada desde 2002.