Sem chances de qualquer tipo de classificação, e ainda sem vencer nesta 2.ª fase do estadual, o Paranavaí está fazendo um pedido inusitado. Irá solicitar à Federação Paranaense de Futebol e ao Iraty, seu último adversário, que a “saideira” entre as duas equipes não seja realizada, no dia 3 de maio.
“Não vamos ferir interesses de ninguém. Além disso, o Iraty poderá ter já consolidado a sua posição de 7.º colocado nesta rodada”, disse Lourival Furquim, diretor de futebol do Vermelhinho.
Pela má redação do regulamento do atual campeonato, o Paranavaí foi obrigado a jogar todas as sete partidas desta 2.ª fase fora dos seus domínios. “Tivemos um prejuízo financeiro muito grande. Ainda tenho uma folha de pagamento para honrar. Gostaria de evitar um novo gasto”, disse Furquim, referindo-se aos 600 quilômetros que terá que fazer na última rodada para ir até Irati, além dos R$ 8 mil de despesas entre deslocamento, hospedagens e alimentação dos atletas.
Procurados ontem pela reportagem do Paraná-Online, tanto Amilton Stival, vice-presidente da FPF, como Sérgio Malucelli, presidente do Iraty, recusaram a proposta do Paranavaí. “Isso não será possível. O estadual não é um torneio qualquer. Temos que respeitar o torcedor e cumprir o regulamento”, disse Malucelli.
Loteria
O vice-presidente da FPF também referendou a declaração do dirigente do Iraty. “Imagine se, na última rodada do Campeonato Brasileiro, os clubes que não têm mais chances de classificação ou de conquistar o título, pedissem para não jogar. Não existe essa possibilidade”, explica Stival, lembrando ainda outros pontos para negar a solicitação do Paranavaí.
“Os clubes assinaram um contrato com a patrocinadora do campeonato para a realização de todos os jogos. Além disso, recebemos a informação de que a Caixa Econômica Federal incluiu a partida no concurso (361) da Loteca”, completou Stival.
