Empurrado pela torcida e força divina,
o Paranavaí buscou o resultado até o fim.

Ainda dá. Pelo menos esse é o pensamento do Paranavaí, movido muito pela recuperação no segundo tempo do jogo de sábado. Os jogadores perceberam que tinham até a possibilidade de vencer o Coritiba, mas que o caminho poderia ter sido mais fácil se a equipe não sentisse o baque da decisão. Isso ficou evidente tanto na atitude da equipe no primeiro tempo, quanto na desastrada escalação de Itamar Bernardes.

“Nós jogamos pela primeira vez como um time pequeno”, resumiu o meia Edílson. E isso aconteceu porque Bernardes mudou todos os planos trabalhados por ele durante a semana – sem Júlio, ele testou Reinaldo e Nelmo, e acabou escalando o volante Pereira. Resultado: uma equipe acuada e que ?medrou? ante o Coritiba. “Nós não tivemos vergonha na cara”, completou o zagueiro Rodrigo.

O intervalo mudou o Paranavaí, e pela falta de estrutura do Felipão (ver matéria), grande parte da mudança pôde ser vista pela imprensa. Os jogadores sequer desceram para o vestiário, ficando na ?boca? do túnel. Além de Bernardes (que seguidamente deixava o grupo sozinho para fumar), falava muito o diretor de futebol Lourival Furquim, que assistiu a todo o jogo ao lado do treinador.

Sabe-se lá o que foi falado, mas o ACP voltou com tudo no segundo tempo. “A gente tinha condições de vencer a partida, mas o resultado foi mais justo pelo primeiro tempo do Coritiba e pelo nosso segundo tempo”, resumiu Rodrigo. “Agora temos que partir com tudo para reverter a vantagem no Alto da Glória. Basta só ganhar de 1 a 0”, afirmou Aléssio. Basta que Itamar Bernardes não queira inventar.

Show

Por sinal, o treinador do Paranavaí é um espetáculo à parte durante o jogo. Sem parar um instante sequer, Bernardes fala com tanta ênfase com os seus jogadores que não se sabe ao certo se é uma crítica, um xingamento ou uma orientação. Mas quem mais sofreu foi o assistente Rogério Carlos Rolim, que foi ?saudado? por uma série de impropérios, dados a cada jogada desfavorável ao ACP.

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