A Copa do Brasil é considerada a competição mais democrática do futebol brasileiro, pois dá a chance de times de menor expressão aprontarem diante dos grandes e conseguirem seus dias de fama.
Além de Atlético, Coritiba, Paraná, Londrina e Corinthians-PR que estão na competição deste ano, outros 11 clubes paranaenses já disputaram o torneio. A 2.ª fase foi o mais longe que os outros times paranaenses conseguiram chegar.
A lista de seis equipes que chegaram a essa fase do torneio que reúne equipes de várias divisões do futebol brasileiro é composta por União Bandeirante, Prudentópolis, Cianorte, Rio Branco, Iraty e Paranavaí. Malutrom e J. Malucelli – antecessores do Timãozinho – jamais passaram da fase inicial e se juntam aos outros paranaenses que caíram precocemente no torneio: Galo Adap, Pinheiros (atual Paraná) e Roma Apucarana.
O Alvinegro do Parque Barigui, alias, é o único paranaense estreante na competição. Venceu ontem o Juventude-RS, por 1 a 0, gol de Marcelo Lipatin, no Janguitão e sonha em pelo menos repetir os feitos de Atlético, Paraná e Londrina, que já chegaram nas quartas-de-final do torneio. Ou então, quem sabe, o clube pode até mesmo sonhar com as semifinais disputadas três vezes pelo Coritiba.
Grandes no interior
Não fosse a Copa do Brasil, pensar em ver equipes como Grêmio, São Paulo, Inter, Corinthians e Vasco jogando nos campos acanhados do interior do Estado seria pura ilusão. No Emilio Gomes, por exemplo, cerca de 4 mil pessoas acompanharam o empate do Azulão contra o time vascaíno, por 2 a 2, em 2006.
Em 1990, o Estádio da Vila Maria, em Bandeirantes, também teve seu dia de glória. O valente União de Ito, Chicletão e Barão enfrentou o São Paulo de Raí, Cafu e Antônio Carlos de igual pra igual.
Perdeu por 1 a 0, com o gol são-paulino anotado pelo zagueiro Ronaldão. Mas os paulistas sentiram a mesma sensação que as equipes da capital paranaense já conheciam: ganhar do time de Serafim Meneghel em seu território até era possível, mas muito difícil.