O sonho da medalha paraolímpica ficou mais próxima para cinco curitibanos: três jogadores de futebol, Nilson Pereira, Roderley e Edivan Freitas, se preparam para a Copa América da modalidade, que acontece na Colômbia, e dois mesa-tenistas, Luiz Algacir e Maria Luíza, se dedicam aos treinamentos para o US Open e o Parapanamericano de Tênis de Mesa, nos EUA e Brasil, respectivamente.
O quinteto tem em comum a qualidade técnica para competir pelas equipes permanentes do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). Todos irão passar pela primeira avaliação, que visa à qualificação do grupo para competições internacionais.
A convocação marca o início do processo de profissionalismo e auto-sustentação por meio do esporte, o que vai aproximá-los do sonho de conquistar a medalha paraolímpica para o Brasil.
Primeiro passo
Para que os resultados dos atletas sejam positivos e para que o Brasil conquiste mais vagas na Paraolimpíada de Atenas-2004, o CPB investe no aprimoramento dos treinamentos dos esportistas; no acompanhamento do estado físico, psicológico, médico e nutricional dos atletas; e não pára por aí: os atletas, em caráter inédito, recebem uma bolsa-auxílio, que serve como subsídio para alimentação e manutenção dos treinamentos.
A avaliação dos três atletas começou no último sábado e vai até amanhã, com a participação de outros 29 integrantes que foram convocados para as seleções permanentes de tênis de mesa, futebol e tiro. Eles passaram por testes físicos, médicos, psicológicos e nutricionais ministrados por profissionais de vários centros universitários brasileiros, que integram a comissão de especialistas do desporto adaptado do País.
De posse dos resultados dos testes, os médicos proporão treinos, alimentação e os cuidados adequados de forma individualizada. A proposta será repassada para os técnicos que terão a responsabilidade de coordenar todas as atividades dos paratletas, além de enviar ao CPB uma planilha de acompanhamento.
Lei de incentivo ajuda o comitê
Segundo o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro o objetivo é “alcançar a terceira colocação nas Américas e a vigésima no cenário mundial. Precisamos de muito profissionalismo”, completa Vital Severino Neto. O CPB mantém as seleções permanentes por meio dos recursos da Lei Agnelo Piva (lei de fomento ao esporte) que destina parte da verba das loterias federais para a manutenção do esporte olímpico e paraolímpico.
Permanentes
A equipe paraolímpica permanente é uma iniciativa inédita no esporte para pessoas portadoras de deficiência do Brasil, sendo composta por técnicos, atletas e guias.