Paranaense costuma derrubar técnicos no Furacão

A exemplo de outros anos, o Campeonato Paranaense fez uma vítima no Atlético. Sérgio Soares não suportou a pressão após a terceira derrota – desta vez para o Cascavel – e pediu demissão do comando ontem.

A saída do técnico é só uma repetição de uma história já conhecida no Furacão. Foi assim com Antônio Lopes, no ano passado, e Ney Franco, em 2008, quando deixaram o clube em decorrência de jogos do Estadual.

Mas a saga não para por aí. Desde 2007, o treinador que inicia o ano dando sequência ao trabalho feito na temporada anterior não consegue emplacar o segundo semestre. Além de Ney e Lopes, Vadão e Geninho engrossam a lista.

Antes de deixar o Rubro-Negro, Soares ainda ganhou algumas horas para pensar sobre sua decisão e não se precipitar. Já em Curitiba, na manhã de ontem, o treinador manteve sua postura e teve o pedido de demissão aceito pela diretoria de futebol.

“Logo depois do jogo, ele estava propenso a fazer isso e pedi que não tomasse a decisão de cabeça quente. Pedi que ele esperasse a viagem, que era de ônibus, longa, para pensar bem. Se chegasse em Curitiba e ainda tivesse com o pensamento, nós conversaríamos”, contou o gerente de futebol, Ocimar Bolicenho.

Na justificativa para a saída, Soares admitiu que não estava sendo compreendido pelo grupo. As palavras sem retorno do time interferiram diretamente nas escalações do treinador, que passou a substituir alguns jogadores para tentar encaixar seu esquema ofensivo com três meias e dois atacantes. “Ele disse que o discurso dele não era entendido”, explicou Bolicenho.

Além de reclamar a falta de entendimento dos jogadores, Sérgio Soares continuava insistindo em reforçar a equipe. Os oito contrtados no início do não foram suficientes na visão do treinador.

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