Opinião da Tribuna

Paranaense: agora é no campo, com muita emoção!

Até Domingos Moro não estava acreditando muito em um “milagre”. Os próprios clubes e a Federação Paranaense de Futebol também já imaginavam o desfecho do julgamento do “caso Germano” no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Tanto que os clubes, bem na surdina, já estavam sabendo quais seriam os horários dos jogos do domingo (3 de abril). E não foi à toa que, logo depois de definida a perda de pontos do Tubarão, a FPF já anunciou a rodada homologada.

Como o próprio Moro e mesmo os dirigentes do Londrina sabiam, absolver o clube pela letra fria da lei era impossível. Germano tinha atuado de forma irregular. A estratégia do advogado desta vez não deu certo, e o resultado foi o mesmo que o TJD do Paraná tinha decidido em duas instâncias. Ponto final no tapetão, pontapé inicial no campo.

E o torcedor pode se preparar para a reta final mais emocionante dos últimos tempos. Ao contrário de 2014 e 2015, o Trio de Ferro está a fim de jogo – só que o interior está confiante, já sem aquele respeito todo para Atlético, Coritiba e Paraná. O resultado disso é que os jogos fora de Curitiba estão cada vez mais complicados. Nos confrontos da primeira fase dos três com seus rivais de quartas de final, a capital não venceu nenhuma. 

É certo que o jogo mais eletrizante é Londrina x Atlético – a primeira perna no VGD. O Furacão sofreu no primeiro turno com a inconstância, começando muito bem e terminando muito mal. Paulo Autuori teve a semana cheia que tanto pediu para treinar, e agora é obrigatório um time mais organizado em Londrina. E alguns jogadores que estão devendo, como Vinícius, Walter e Nikão, vão ter que mostrar serviço, senão o Tubarão pode dar uma mordida quase definitiva.

O Coritiba vai encarar um algoz e tanto. Na pré-temporada, o Coxa enfrentou o Toledo, perdeu e ainda teve briga entre os jogadores. Na primeira fase, outra derrota, com direito a gol de bicicleta e “nó tático”. O Alviverde está melhor agora, mais encorpado e com todos os titulares de linha (porque Wilson não deve jogar). Mas o Toledo ganhou os últimos quatro jogos no 14 de Dezembro, tem uma equipe muito interessante e vai impor grandes dificuldades.

Ao Paraná, melhor time da primeira fase, coube enfrentar o Foz, time de garotos que surpreendeu – inclusive com Safirinha, a revelação do Paranaense. É na teoria o duelo mais desigual, pois o Tricolor conseguiu ser mais constante, e com o time completo (além dos reforços) é o candidato mais real ao título paranaense. Mérito, e aí sou repetitivo, de Claudinei Oliveira. Mas dizer que o Tricolor é favorito não significa dizer que tá tudo resolvido – pelo contrário, o Foz vai querer estragar a vida paranista.

Fechada com o duelo dos caçulas J. Malucelli e PSTC, as quartas de final do Paranaense têm tudo para ser emocionantes. Há equilíbrio, há rivalidade, há bons jogadores, haverá estádios cheios. Agora é no campo, agora é pra valer, agora é hora de mostrar quem quer mesmo ser campeão estadual.

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