O Campeonato Paranaense de 2019 fará uma justa homenagem a dois personagens importantes da história do futebol do Estado. Barcímio Sicupira, maior artilheiro do Athletico, e Dirceu Krüger, ícone tão importante para o Coritiba digno de uma estátua, dão nome ao primeiro e ao segundo turno da competição, respectivamente.
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A primeira edição do Estadual aconteceu em 1915 e desde então, muitos foram os nomes que ficaram marcados nesses mais de cem anos da competição. Porém, Sicupira e Krüger são o tipo de pessoa – antes mesmo de lembrarmos que são jogadores – que ainda que se passem mais cem anos, estarão vivos na memória dos torcedores não só de seus times de origem, mas de qualquer amante do futebol paranaense.
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Em tempos de futebol estrelado, em que jogadores ditam tendência de corte de cabelo, estilo de se vestir e até mesmo das músicas a se ouvir, o resgate dos nomes desses craques traz ao Estadual um ar nostálgico, de quando se jogava por amor à camisa. É uma justa valorização, em vida, de dois símbolos do Paraná. Graças a esses ícones, o Estado tem em suas páginas de história períodos marcantes quando o assunto é futebol.
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Krüger, o Flecha Loira, deixou seu nome eternizado no Alto da Glória por ter atuado não só como jogador, mas também por ter sido fundamental nos bastidores do clube. Em campo, somou 252 jogos pelo Coritiba, marcando 58 gols. Sempre muito calmo em sua palavras e seu jeito de agir, encerrou sua trajetória como jogador como um exemplo aos colegas de profissão, sem nunca ter sido expulso de campo.
O apelido foi dado pelo jornalista Albenir Amatuzzi, da Tribuna do Paraná, na estreia de Krüger no profissional, em 1966, pela maneira como carregava a bola e a velocidade com que passava pelos adversários.
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Após pendurar as chuteiras, passou a atuar fora de campo. Auxiliar técnico, por diversas vezes era acionado para assumir o comando. De 1979 e 1997, assumiu a função de técnico interino do Coritiba em 185 partidas. Na maior conquista da história do Verdão, ele também participou ativamente. No título Brasileiro de 1985, ele foi auxiliar técnico de Ênio Andrade.
Como técnico, esteve em 185 jogos comandando o time. É o segundo com mais número de jogos pelo Alviverde, atrás apenas de Félix Magno, que em três passagens pelo time acumulou 201 partidas. Fundamental na formação dos novos atletas do Coxa, Dirceu Krüger é um ‘paizão’ para muitos craques que passaram e outros que ainda estão nas categorias de base do Alviverde. A estátua de Krüger no Alto da Glória foi inaugurada em 2016, ano do cinquentenário do Flecha Loira no clube.
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Se o Coritiba teve o Flecha, o Athletico teve o Craque da 8.
Barcímio Sicupira tem uma marca invejável conquistada por poucos no futebol brasileiro. Balançou as redes 154 vezes com a camisa do Athletico. A estreia no Rubro-Negro foi no dia 2 de setembro de 1968 e por lá o craque da camisa 8 permaneceu até 1975, quando encerrou a carreira. Ele apenas esteve longe do Furacão durante esse período em 1972, quando por empréstimo defendeu o Corinthians por uma temporada. O craque dos gols de bicicleta deixou sua marca no Furacão, até hoje jamais batida.
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Se existem os tão aclamados deuses do futebol, Sicupira e Krüger, sem dúvida, são emissários enviados dos céus para eternizar a arte do esporte com a bola nos pés.
E se eles se diferenciaram pela maneira de jogar, pelo jeito simples, alegre e fácil de se relacionar fora de campo, o principal motivo que tornam os dois únicos é a paixão que tinham em estar dentro do gramado, defendendo as camisas que vestiam. “O futebol para mim era algo diferente. Hoje é uma profissão, mas eu jogava porque tinha prazer de jogar. Qualquer peladinha eu queria fazer gol. Foi assim desde o começo da minha vida até o fim da minha carreira”, disse Sicupira em entrevista à Tribuna do Paraná, em setembro de 2018.
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