O Campeonato Paranaense de 2011 teve confirmada a fórmula de pontos corridos que já havia sido acordada em agosto, no pré-arbitral. A competição terá 12 participantes, que se enfrentarão em dois turnos, com jogos de ida e volta.

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Os vencedores de cada turno duelam na decisão. Caso a mesma equipe vença as duas etapas, já garante o troféu. Os dois últimos na soma geral de pontos serão rebaixados à Segunda Divisão.

A novidade foi o critério de desempate adotado caso duas equipes cheguem à final. O saldo de gols não será considerado na disputa. Se um time perder a primeira partida por 1 x 0 e vencer a segunda por uma vantagem maior, mesmo que seja por seis ou sete gols, a taça será disputada nos pênaltis. O controverso critério foi incluído ontem no regulamento do estadual, homologado em arbitral realizado na sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

O controverso critério já é a primeira polêmica do estadual, a quatro meses do início da disputa, em 16 de janeiro. A medida teve apoio maciço dos clubes do interior, e foi aprovada por seis votos a quatro.

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Apenas Atlético, Paraná, Iraty e Corinthians-PR foram contrários. O Coritiba, representado pelo diretor jurídico Gustavo Nadalin, inicialmente se absteve, mas depois fez contar em ata sua posição contrária.

“Eu não acho correto. Foi uma decisão dos clubes do interior. Atlético, Paraná e Coritiba são minoria”, diz o vice-presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade. Não ficou claro de quem partiu a ideia de eliminar o saldo de gols da decisão. “Foi o entendimento dos clubes. Eles acharam que seria esse o melhor caminho. Nós temos que acatar”, garante o presidente da FPF, Hélio Cury.

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 Já o vice-presidente de futebol do Paraná, Aramis Tissot, disse que a iniciativa partiu da FPF. “A federação pediu que se priorizasse o aspecto financeiro da final. Nós fomos a favor do saldo de gols, mas fomos voto vencido”, revelou.

O critério financeiro teve mesmo mais peso que o aspecto técnico na hora da decisão. A justificativa apresentada para eliminar o saldo de gols da decisão foi um suposto desinteresse do público pela segunda partida, caso o primeiro jogo tenha um vencedor por larga vantagem.