Autor do terceiro gol do Paraná na vitória convincente sobre o Prudentópolis no último sábado (10), por 3×0, na Vila Capanema, o meia Zezinho quer deixar claro ao torcedor paranista que está dando o seu melhor para honrar o manto Tricolor e pediu para que qualquer problema do passado seja esquecido. O jogador foi aplaudido por sua atuação, mas dentro da Vila Capanema já saiu de campo, em outras ocasiões, sob as vaias da torcida.
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“Essa marcação vem pelo passado que eu tive no rival e por uma declaração que fui infeliz. Eu às vezes fico em entender essa cobrança, pois estou mantendo a regularidade, independente dos resultados. Sou jogador que joga para a equipe. Não vou dar carrinho na lateral para o torcedor gritar meu nome, não é do meu perfil. Quem me conhece, sabe que sou assim. Podem me vaiar ou me aplaudir, eu vou estar aqui sempre honrando a camisa do Paraná. Até vou deixar um recado para o torcedor. Vou correr sempre em prol do Paraná. Não sou marqueteiro, não fico postando nada em Redes Sociais para aparecer, tenho minha índole e todos sabem. Então, se a torcida quiser continuar pegando no meu pé, eu vou continuar sempre sendo o mesmo para tentar ajudar o clube no que for possível”, explicou.
Quando chegou à Vila Capanema, em janeiro de 2017, o jogador teve que se explicar em relação a uma declaração que fez no Campeonato Paranaense de 2014, quando defendia o time Sub-23 do Atlético. Zezinho disse que o Rubro-Negro era o único time grande de Curitiba e que o salário em dia seria a motivação para o Atlético eliminar o Paraná no Estadual. Na época, o Tricolor enfrentava sérios problemas financeiros e estava em débito com o elenco, que não recebia os salários há meses.
Agora, o jogador se diz mais maduro e contou com o apoio do técnico paranista para acreditar que pode ter seu espaço entre os titulares.
“O professor Wagner (Lopes) é uma pessoa que tem um caráter muito grande. Tivemos uma conversa e isso abriu meus olhos. Eu tenho 25 anos, já rodei bastante. Então, eu não posso aceitar as coisas se arrastando comigo mesmo. Ele me disse que precisava de mim e isso me motivou ainda mais. Coloquei na minha cabeça que tinha que ser exemplo para quem chegasse e ter uma liderança dentro do grupo. Isso me motivou e tenho trabalhado forte. Vou buscar o meu espaço cada vez mais para continuar no time e seguir jogando”, explicou o atleta, que enfatizou que o gol marcado demonstra a dedicação que está tendo em contribuir com o time e que quer a torcida do seu lado.
“Esse gol representa que estou trabalhando sério. Se eu fosse um cara mau caráter, até entenderia as vaias e as cobranças. Mas é futebol e estou nesse meio há muito tempo, então não me importo. Uma hora vai passar. Se eu continuar trabalhando sério, como venho fazendo, a torcida vai ver que estou dando o meu máximo e isso vai acabar. Trazendo a torcida para o lado do grupo, faremos da Vila Capanema um lugar difícil de jogar contra nós”, concluiu.