Ficou difícil

Vivendo gangorra, Paraná vê o acesso como algo remoto

Martelotte sabe da oscilação do Paraná, mas elogiou a atuação contra o Vila Nova. Foto: Hugo Harada

A derrota sofrida para o Vila Nova por 2×1, terça-feira, na Vila Capanema, veio como um balde d’água fria nas pretensões do Paraná Clube de buscar o acesso para a elite do futebol brasileiro ainda nesta temporada. A gangorra que vive o Tricolor na Série B, apesar de estar a cinco pontos apenas atrás do quarto colocado na classificação, diminuiu bastante as chances de acesso do time paranista.

Dois sites especializados em números e estatísticas colocam o Paraná com remotas chances de conquistar uma das quatro vagas. Com 33 pontos, o time paranista, segundo o site Chance de Gol, tem apenas 0,6% de chances de disputar a Série A no ano que vem. Já o site Infobola, do estatístico Tristão Garcia, aponta o Tricolor com apenas 2% de chances de acesso.

O revés para o time goiano impediu o Paraná de subir na classificação, mas a atuação agradou o técnico Marcelo Martelotte. Segundo o treinador, o time, apesar dessa instabilidade que vive na competição, está no caminho certo.

“A gente sofreu um gol logo no início, mas teve um controle, reagiu bem, chegou ao empate. Uma atuação segura. No segundo tempo o domínio maior, as chances foram se multiplicando, não convertemos e no futebol acontecem coisas no detalhe. Mesmo com uma derrota dolorida como essa é importante saber que estamos no caminho correto pela atuação”, declarou o comandante paranista.

O treinador, apesar de alguns resultados ruins colhidos desde a sua chegada, segue prestigiado pela diretoria. O presidente Leonardo Oliveira elogiou o trabalho desenvolvido até agora por Martelotte, sobretudo pelas limitações de elenco. Esta mesma limitação foi convivida mais intensamente pelo técnico Claudinei Oliveira, no primeiro semestre deste ano, mas a primeira sequência de resultados ruins custaram o cargo do então treinador tricolor.

“O trabalho está, na nossa avaliação, muito bom. Tivemos oscilações e problemas, mas isso é natural em um campeonato longo como é a Série B. O trabalho está sendo feito dentro das limitações que temos. Todos sabíamos que teríamos. O clube enfrenta uma situação difícil financeiramente e todo mundo sabe disso, mas nosso foco aqui não é esse. Os resultados refletem quando você não consegue ter um elenco com 40 atletas. Trabalhamos com um elenco enxuto, com elenco onde equipes da Série A levam atletas no meio do campeonato. Essa é a condição do clube nesse momento. Não temos condições de manter um elenco com 40 atletas, todos no mesmo nível. Pecamos em alguns momentos? Pecamos. É natural. Todos os times pecaram, se não algum time estaria com o acesso garantido”, apontou o presidente.

Diante do quadro atual, Leonardo Oliveira, pelo menos no discurso, ainda não jogou a toalha, mas há a ciência de que o acesso, neste ano, está cada vez mais longe. Assim, o Tricolor, neste processo de reformulação que está passando no seu departamento de futebol pode-se dizer que está se preparando bem para, em 2017, chegar com mais condições para brigar pelo acesso.