Um fato inusitado marcou as eleições do Atlético no último sábado. O diretor de futebol do Paraná Clube, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, compareceu no meio da tarde ao pleito atleticano por conhecer membros das duas chapas. A presença do dirigente paranista chamou a atenção da imprensa e, apesar de outros jornalistas terem fotografado, Vavá partiu para cima e agrediu um dos repórteres da Gazeta do Povo que estava fazendo a cobertura das eleições rubro-negras com um soco na barriga.
Se não bastasse a agressão, Vavá, segundo relato do jornalista, tomou a força o celular das mãos do repórter e ainda o ameaçou. “Se cuida que você vai levar umas porradas ainda”, ameaçou o dirigente do Tricolor, antes de sair com o celular no meio da multidão presente na esplanada da Arena da Baixada.
Em seguida, o repórter se dirigiu até um posto policial próximo ao estádio e registrou um boletim de ocorrência contra o diretor de futebol do Paraná. Na sequência, um dos integrantes da chapa Atlético de Novo convenceu o dirigente a devolver o celular ao invés de quebrá-lo, mas mesmo assim as fotos registradas pelo repórter foram apagadas do aparelho.
Sindicato
O Sindicato dos Jornalistas do Paraná (SindijorPR) publicou uma nota condenando a violência contra o repórter da Gazeta do Povo, que estava trabalhando. Para o SindijorPR, atitudes violentas como essa, ao mesmo tempo que impedem o direito legítimo de qualquer profissional de trabalhar, atentam contra a liberdade de imprensa. Além disso, é inaceitável que a violência seja praticada por aquele que deveria prezar pela paz no futebol e nos estádios.
Já o Paraná Clube, de maneira oficial, preferiu não se manifestar sobre o assunto.
