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Uma noite de sofrimento e alegria. E o Paraná Clube mais perto da elite

Felipe Alves foi o herói da noite na Vila Capanema. Foto: Albari Rosa

SELO TAMO JUNTO PARANÁ CLUBE

Um gol solitário, de um jogador que estava “esquecido”. Felipe Alves, que desde que voltou da aventura no Kuwait mal tinha sido utilizado, ressurgiu como herói na vitória do Paraná Clube sobre o Vila Nova ontem, a mais importante da temporada. O resultado deixa o Tricolor muito mais perto do acesso, ficando neste momento na vice-liderança da Série B do Campeonato Brasileiro, mas principalmente abrindo cinco pontos de vantagem para o quinto colocado, justamente o adversário que valorizou e muito o triunfo paranista.

O Paraná entrou em campo com seu time quase titular. Matheus Costa escondeu bem o jogo e escalou todo mundo – só não pôde mesmo contar com o suspenso Robson. Se a presença de “espiões” goianos no treino de segunda o levou a fazer isso ou se era mesmo problema clínico, um dia saberemos. Mas a animação da torcida mudou quando foram anunciados os onze que começariam a partida. Era mais um incentivo ao público que foi à Vila Capanema.

Confira como foi o jogo no Tempo Real da Tribuna!

Mas a presença de João Pedro e Renatinho fazia o Vila Nova se retrair. O time ágil que se viu até agora na Série B preferiu marcar, inclusive com os ponteiros Alípio e Mateus Anderson, deixando apenas Lourency mais à frente. Era uma barreira difícil de ser rompida, e por isso o Tricolor começou a arriscar de longe. Com o passar do tempo, os visitantes passaram a querer equilibrar o jogo. O perigosíssimo Alan Mineiro (que tal um time do Trio de Ferro negociar seu empréstimo com o Corinthians pra 2018?) chegou a obrigar Richard a praticar um milagre, num lance em que Vinícius Kiss levou um drible desmoralizante.

Era preciso fazer a Vila Capanema tremer. Com a pressão do Vila, a torcida se assustou. E o Paraná mostrava nervosismo. Mas quando o time colocou a bola no chão, a pressão mudou de lado. E com os jogadores também veio a torcida. Só que não era um jogo fácil. Também era uma decisão para o time de Goiás. A ponto de um novo susto acontecer ainda no primeiro tempo, no chute colocado de Alípio que beijou a trave.

Confira as imagens de mais uma vitória tricolor!

A partida era a mais complicada em casa desde a derrota para o Guarani. Mas o Tricolor voltou melhor pra etapa final, encontrando mais espaços e minando a marcação adversária. Uma chance de ouro foi a de Eduardo Brock, mas o chute do zagueiro após a jogada ensaiada foi para fora.
Sentia-se a tensão no ar. Os jogadores estavam ansiosos, os torcedores também. Com o passar do jogo, o Vila Nova já se mostrava interessado em não perder a partida. Talvez sentindo a necessidade de agitar o time, Matheus Costa colocou Felipe Alves e Giovanny nos lugares de Alemão e Vitor Feijão. Mas o tempo passava e o nervosismo só aumentava.

Vitor Feijão disputa com Alan Mineiro. Foto: Albari Rosa
Vitor Feijão disputa com Alan Mineiro. Foto: Albari Rosa

E o Paraná, além da ansiedade, também atuava abaixo do que já rendeu na Série B. Sem contar a cera e as faltas do Vila Nova. Tudo isso compunha um cenário preocupante. Foi aí que a torcida resolveu empurrar o time pra valer. Eram 29 minutos do segundo tempo, os visitantes tinham desistido de atacar, tinha chegado a hora de ganhar. Nem que fosse no grito.

E foi. 30 minutos e a agonia acabou. Cristovam cruzou, a defesa bobeou e Felipe Alves teve tempo de dominar e abrir o placar. Foi uma mistura de alegria, emoção e alívio. Mas era preciso continuar, o jogo não tinha terminado. E certamente o relógio começou a andar mais devagar na Vila Capanema. Não à toa que junto com os gritos de apoio surgiam alguns rostos tensos, roendo as unhas.

Acabou o jogo? Nada, mal a partida tinha rompido os 40 minutos. Com o ex-coxa Wallyson e o ex-atleticano Tiago Adan, os goianos partiram para o ataque – até transformando o zagueiro Wesley Matos em centroavante. E tome cruzamento para a área. Bruno Prado cabeceou longe do alcance de Richard, mas a bola não quis entrar.

Confira a classificação da Segundona!

Mais meia hora passou e o jogo chegou aos 45. E ainda ia aos 50. O Paraná só se defendia, protegia o gol como se fosse uma decisão – e era. Eduardo Brock correu como um menino só para mandar a bola pra lateral. 48 e meio. Falta em Iago Maidana, que não perdeu uma jogada. 49. Faltava um minuto. Esse jogo não termina? Sim, termina. E o Tricolor está ainda mais perto da primeira divisão.

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