Leilão da Vila

Tricolor tentou anular, mas estádio do Boqueirão vai a leilão

O leilão da Vila Olímpica do Boqueirão, marcado por causa de uma dívida de R$ 450 mil do Paraná com o ex-treinador Ricardo Pinto, deve ocorrer normalmente hoje, com valor inicial de R$ 23,2 milhões. Ontem, até houve a tentativa do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Aílton Araújo (PSC), e do clube, para que o leilão fosse cancelado. A alegação era de que a área não poderia ser vendida para pagamentos de dívidas do Tricolor.

No entanto, o juiz Mauro Cesar Soares Pacheco, da 19ª Vara Trabalhista de Curitiba, indeferiu o ofício. O argumento de Araújo e do Paraná é de que a lei municipal 8.563, de 1994, assinada pelo então prefeito Rafael Greca, transferiu a inalienabilidade do antigo estádio do Britânia, no bairro Guabirotuba, para a Vila Olímpica. A mudança na legislação foi pedida pelo próprio Tricolor, que vislumbrava a possibilidade de negociar o terreno à margem da Avenida das Torres, o que de fato aconteceu em 1998, quando houve a venda para a rede de mercados BIG.

A solicitação, porém, não foi aceita. “Nada a deferir. O pedido formulado carece de amparo legal”, esclareceu em nota a 19ª Vara Trabalhista. O Paraná recorreu da decisão e aguarda que, até o horário do início do leilão, às 10h, a decisão seja revista.

“O clube pediu para transferir o título de inalienabilidade para a Vila Olímpica, que também é uma praça desportiva”, explicou Araújo.
“O juiz tem de suspender o leilão. Enquanto a Vila Olímpica servir para o uso de práticas desportivas, o Paraná é quem fica com a posse”, defendeu o vereador.

Acordo

O Tricolor tenta realizar um acordo com Ricardo Pinto para evitar o leilão. O superintendente da base e um dos líderes do grupo Paranistas do Bem, Carlos Werner, admite que tenta negociar a dívida, mas que Ricardo Pinto está irredutível. “Fizemos uma proposta bem interessante, mas ele quer o valor total”.

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