Era possível vencer. Talvez o Paraná até tenha merecido vencer. Mas faltou força – e um pouco de sorte, é verdade – para conseguir a virada, e o Tricolor perdeu por 2×1 para o Botafogo, ontem, na Vila Capanema. Resultado que mantém o time mais perto da zona de rebaixamento da Série B do que do G4.
Os primeiros 25 minutos da partida foram de pobreza técnica. De um lado, um Botafogo cheio de cautelas e errando muitos passes. De outro, um Paraná querendo dominar, mas sem poderio ofensivo suficiente. Armado para parar os cariocas (inclusive com Luiz Felipe improvisado na lateral-direita), o Tricolor só fazia algo de positivo com a bola dominada quando Rafael Costa participava do jogo. De resto, era a coitada da redonda indo de um lado pro outro sem um trato adequado.
Na primeira jogada trabalhada da noite, o Fogão abriu o placar. Não foi assim um lance excepcional, mas uma jogada típica de time que tem um centroavante – e ele nem fez o gol. Aos 26 minutos, Elvis cruzou da direita, Bill se posicionou à frente de Zé Roberto e o zagueiro tocou na bola e tirou qualquer chance de defesa de Murilo. Gol contra, o segundo que o Paraná marca contra o patrimônio em cinco rodadas da Segundona.
O Tricolor não sentiu o gol. Inclusive melhorou. Éder passou a aparecer mais, e em uma das jogadas sofreu pênalti de Pedro Rosa. Fernando Viana cobrou e deixou tudo igual. “Conseguimos colocar a cabeça no lugar para buscar o empate”, confirmou o atacante paranista.
Na etapa final, os donos da casa partiram pra cima. Em cinco minutos, Henrique, Fernandes, Fernando Viana, Rafael Costa e Luiz Felipe tiveram ótimas oportunidades. Isso mesmo, cinco chances claras de gol – e em três delas Renan operou milagres. Parecia que o Paraná iria faturar logo, mas a partida ficou equilibrada e sem emoções.
Nedo Xavier tentou mudar o panorama do jogo com a entrada de Marcos Paraná no lugar de Rafael Costa. Mas a história não mudou mesmo quando Willian Arão reclamou do árbitro, levou o cartão amarelo, reclamou de novo e levou o vermelho. Yan Phillipe entrou, Rafael Carioca estreou e o Tricolor foi com tudo pra cima. Só que no último lance da partida a zaga errou, Rodrigo Pimpão chutou e Murilo não chegou. Uma derrota frustrante – assim como o público de apenas 3.220 pagantes na Vila Capanema.
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