Imparcialidade do juiz, inalienabilidade do imóvel (não poderia ser vendido), irregularidades no processo que culminou no leilão da Vila Olímpica do Boqueirão… Argumentos não faltam para o Paraná no pedido de embargo à arrematação da Vila Olímpica, por R$ 11,65 milhões, feita pela empresa do ramo de construção civil Seagull Incorporações e Participações.
No recurso Tricolor, aponta-se o possível impedimento do juiz Mauro Cesar Soares Pacheco, da 19ª Vara Trabalhista de Curitiba. Segundo o ofício do clube, o próprio magistrado se declarou, no dia 5 de maio de 2012, por motivos de foro íntimo, suspeito para atuar na demanda.
O Tricolor pede que o Tribunal Regional da 9ª Região indique um novo juiz para o julgamento do pedido de embargo e aos demais atos do processo, assim como considere nulas todas as decisões proferidas até o momento.
Leilão
O clube alega ainda uma série de irregularidades técnicas no leilão: o edital de convocação não traz a informação de que o imóvel em questão tem destinação específica imposta por lei (práticas desportivas); não cita a cláusula de inalienabilidade que impediria a venda do imóvel e não teve a publicidade merecida, a fim de que mais interessados pudessem participar.
O Paraná contesta também o fato de a primeira e segunda praças do leilão terem sido realizadas no mesmo dia, sem respeitar o intervalo entre 10 e 20 dias, previsto por lei. O Tricolor também considera o valor de arremate excessivamente baixo com base na avaliação inicial de R$ 23 milhões (além de o clube avaliar o imóvel em R$ 32 mi).
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Zagueiro passou pelo clube em 2011. |
Castán volta ao Tricolor
O treinamento de ontem trouxe novidades no Paraná. O zagueiro Luciano Castán e o atacante Nathan são as novas apostas para a sequência da temporada e já integram o elenco.
Luciano Castán é velho conhecido da torcida tricolor. O defensor já passou pelo time em 2011, quando fez 28 jogos com a camisa paranista entre Campeonato Paranaense e a Série B. Castán estava no São Bernardo, onde disputou a Série A1 do Campeonato Paulista e chega com contrato até o final do ano.
Nathan também integra o grupo para um período de experiência no clube. Segundo o gerente de futebol do clube, Edson Neguinho, o atleta se destacou na Série A3 do Paulista e chega para um período de 15 dias de avaliação da comissão técnica. “É um atleta que teve boa passagem pelo Juventus e será observado aqui no Paraná”, afirmou. O avante fez 21 jogos na terceira divisão paulista e marcou 8 gols. (Felipe Raicoski)
Fernando Viana no ataque
Suspenso previamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por quatro partidas, devido à expulsão diante do Boa Esporte, o atacante Fernando Viana treinou normalmente no time titular do Paraná ontem de manhã. A manutenção do atleta na equié se deve à confiança da diretoria de que poderia contar com o jogador contra o Mogi Mirim, sexta-feira, na Vila Capanema.
O efeito suspensivo pedido pelo advogado do clube, Itamar Côrtes, teve resposta positiva no começo da tarde de ontem. “Temos a liberação do atleta. E o relator decidiu pelo efeito suspensivo total, ou seja, ele entendeu que o jogador poderia acabar punido de forma desproporcional ao fato ocorrido e acatou o pedido de liberação do Fernando para a próxima partida, ficando punição posterior condicionada ao julgamento do recurso”, revelou o advogado.
De acordo com o árbitro Breno Vieira Souza, o paranista teria dado um pisão no zagueiro Wallace. Segundo Côrtes, a diferença de punição, aplicada aos jogadores envolvidos no lance – enquanto o defensor foi punido com uma partida por ‘revidar’, Viana recebeu quatro partidas de gancho -, além da possibilidade de o jogador cumprir pena maior que o resultado do julgamento do recurso pode impor, foram os grandes trunfos para conseguir o efeito.
Dupla de ataque
Sem poder contar com Henrique, que vinha formando dupla de ataque com Viana, o setor ofensivo tricolor poderia acabar desfigurado com a pena imposta ao avante. Porém, com o efeito suspensivo, Viana terá Wanderson ao seu lado contra o Mogi. (Felipe Raicoski)
