Quase no lixo!

Tricolor faz pouco caso e troféus do passado estão às traças

Grande parte da história do Paraná só está intacta na memória de seus torcedores. As taças e objetos do glorioso passado paranista estão jogados e empilhados em uma antiga sala de dança desativada na sub-sede social da Vila Olímpica do Boqueirão.

No cômodo, que mede cerca de 12×5 metros quadrados e contém um banheiro adjunto, há cerca de dois anos as lembranças estão abandonadas em meio ao pó, sem as mínimas condições de preservação e segurança.

O descaso do clube com o próprio patrimônio histórico e afetivo vai além. Grandes caixas de papelão atiradas em um dos cantos úmidos do recinto guardam as camisas de jogo dos primeiros anos de história do Tricolor. Peças confeccionadas com algodão e símbolos bordados, mas que, por causa do descaso da diretoria, carecem dos mais básicos cuidados. Outras caixas acumulam em seu interior verdadeiro arquivo histórico do clube, com documentos como fichas de inscrição de atletas do passado e súmulas de jogos.

Tudo isso em meio à desordem de fileiras de móveis de madeira e antigos armários de metal enferrujados. Na porta de entrada, uma simples corrente de ferro, amparada por um cadeado simples de tamanho médio, guarda o tesouro abandonado.

O atual presidente, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, afirma que o clube estuda a construção de uma nova sala de memória, na sede da Kennedy, mas não revela detalhes do projeto ou a data de início.

Barbosinha

Até meados de 2013, o acervo era cuidado por João Maria Barbosa, o Barbosinha, que atuou pelo Ferroviário na década de 40 e pelo Água Verde na década seguinte, ambos times que deram origem ao Paraná. Em 1987, foi convidado para ajudar na Sala da Memória, recinto que guardava a história do Pinheiros, outra equipe presente na árvore genealógica paranista. Após 1989, Barbosinha passou a cuidar da história do Paraná, que até dois anos atrás estava em um museu na Kennedy.

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