Meio-campista do Cruzeiro, Thiago Neves espera encerrar sua carreira no Paraná Clube. Torcedor do time paranaense, o jogador afirmou que a influência de seu avô vence diante da possibilidade de se aposentar no Fluminense, clube de sua esposa.
Em entrevista para a Fox Sports, no quadro ‘Aqui com Benja‘, do jornalista Benjamin Back, o meia de 34 anos reafirmou o que disse há dois anos, no programa ‘Bem, amigos‘, do SporTV, de vestir a camisa do Tricolor novamente. O atleta ressaltou que tem uma espécie de dívida com o clube e com o avô Domingos Neves.
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“Daqui uns dois anos eu gostaria muito de voltar a vestir a camisa do Paraná. Eu saí mal de lá. Meu avô é paranista doente, coloca a camiseta em qualquer jogo, acompanha. É o sonho dele. Minha família quase toda torce pelo Paraná”, afirmou.
Por outro lado, Thiago Neves é casado com Marcella di Biase, torcedora fanática pelo Flu, assim como o restante da família. A passagem pelo time carioca, em 2008, é a melhor de sua carreira, com o vice-campeonato da Taça Libertadores e convocado para defender a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim.
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“Minha família de agora é Fluminense. Fico meio dividido e não sei o que vou fazer. Depois de uma certa idade, você vai pela família. O dinheiro influencia quando é mais novo, de dar casa para a mãe. Eu fiz isso e sei como que é”, ressaltou.
Porém, questionado se escolheria entre o desejo do avô ou de sua esposa, a resposta foi direta. Domingos Neves ganhou sem nem pensar duas vezes. “Meu vô. Ele é o mito da família e ela sabe disso”, completou entre risadas.
Polêmica e dívida
A saída do jogador, de fato, foi conturbada na Vila Capanema. Em 2003, a direção da época cedeu 50% dos direitos econômicos para a empresa LA Sports, que fornecia alimentação para jogadores das categorias de base, em troca da metade do passe de cinco atletas sub-20. Thiago Neves era um deles.
Três anos depois, o Paraná vendeu mais 30% dos direitos do meio-campista por US$ 200 mil para a empresa Systema, do empresário Léo Rabello. A LA também vendeu 30%. Na sequência, o clube vendeu os 20% restantes por R$ 480 mil.
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Dessa forma, 32% era da LA Sports e 68% da Systema. Rabello, em 2007, depositou os R$ 2 milhões da multa rescisória em juízo – Palmeiras e Fluminense o disputavam. O Tricolor até repassou a parcela de R$ 640 mil para a LA Sports, mas usou R$ 1,36 milhão que pertencia à Systema para despesas do dia a dia.
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A empresa de Rabello, então, processou o clube e pediu o dinheiro de volta. A ação correu na Justiça e o Paraná chegou a fazer dois acordos, mas não cumpriu nenhum. Em 2017, finalmente, a novela terminou. A dívida, que ficou em R$ 45 milhões com a correção da inflação, foi negociada para R$ 4,5 milhões.
A diretoria, com a ajuda do ex-mecenas Carlos Werner, pagou R$ 4 milhões em 2016 e finalizou os R$ 500 mil restantes em agosto do ano seguinte. O empresário emprestou R$ 2,6 milhões, enquanto o que sobrou foi pago com cotas de televisão. A cúpula paranista, na época, convocou até uma entrevista coletiva para celebrar o fato.
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“Não temos mais um centavo de dívida sobre o Thiago Neves, um dos maiores problemas da história do clube. Estamos comemorando o fato de ter sido resolvido”, falou o presidente Leonardo Oliveira, na ocasião.
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