Estranho?

Tempo vem sendo inimigo de Marcelo Martelotte no Paraná Clube

Ter mais tempo para treinar diante da maratona de jogos na Série B do Campeonato Brasileiro não significa uma melhora de desempenho para o Paraná Clube. Desde que chegou ao Tricolor, em junho, o desempenho do técnico Marcelo Martelotte foi superior quando o treinador teve menos tempo para treinar do que nas últimas quatro rodadas do certame, quando a equipe paranista teve praticamente somente um jogo a cada sete dias pela segunda divisão. Agora, depois de duas semanas de treinos, o comandante terá a chance de provar que esta parada fez bem ao time, a começar pelo duelo desta sexta (19), contra o Brasil de Pelotas, às 20h30, na Vila Capanema.

Martelotte já comandou o Tricolor em dez partidas. Porém, os seis primeiros duelos do treinador no time paranista foram realizados em curto espaço de apenas 19 dias, com uma média de uma partida a cada três dias. Neste tempo, os trabalhos táticos e técnicos foram raros e o comandante precisou arrumar a equipe com o decorrer das partidas.

Apesar disso, o aproveitamento do Tricolor não foi dos piores. Pelo contrário. Nas seis partidas realizadas nesses 19 dias, o time paranista conquistou três vitórias, dois empates e somente uma derrota, totalizando aproveitamento de 61%. Nestes duelos diante de Luverdense, Joinville e Avaí, na Vila Capanema, e contra CRB, Vasco e Bragantino, fora de casa, o Paraná conseguiu marcar seis gols e sofreu quatro.

Depois do duelo contra o Avaí, no dia 5 de julho, o técnico Marcelo Martelotte teve uma semana para trabalhar antes dos últimos quatro compromissos do Tricolor pela Série B do Campeonato Brasileiro. O time paranista, que chegou a brigar pelo acesso, conseguiu dois empates e duas derrotas, com aproveitamento pífio de apenas de 16%.

Nestes compromissos, o Tricolor empatou sem gols com o Paysandu, na Vila Capanema, no dia 12 de julho. Dez dias mais tarde, o time paranista foi até Santa Catarina e, depois de abrir 2×0 de vantagem, tomou a virada do Criciúma nos minutos finais e amargou mais uma derrota na competição nacional.

Oito dias mais tarde e com mais tempo para trabalhar, o Tricolor voltou a tropeçar e não passou de um empate em 1×1 diante do Ceará, na Vila Capanema. Na sequência, veio o duelo contra o Tupi, vice-lanterna da Segundona, fora de casa. Em uma das suas piores atuações na temporada, o Paraná perdeu para a equipe mineira por 2×0 e se distanciou de vez da briga pelo G4 da Série B.

Agora, diante do Brasil de Pelotas, o técnico Marcelo Martelotte teve duas semanas para trabalhar com o time paranista para a retomada da Série B do Brasileiro. O Tricolor, neste período, teve mais tempo de treinos e ganhou uma pressão a mais da torcida que, no último sábado, no único jogo-treino do clube nesta parada, invadiu a atividade para cobrar o elenco por melhores resultados na competição nacional. Somente contra os gaúchos é que será conhecido na prática se a ameaça funcionou para o Paraná voltar para os trilhos na Segundona.

Trapo vermelho e preto! Leia mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!