A atuação do Paraná no empate em 1×1 contra o CRB, na última terça-feira, no Rei Pelé, não pode ser lamentada, uma vez que o time desperdiçou um pênalti e arrancou o empate nos minutos finais. No entanto, o confronto escancarou um problema que o Tricolor vem enfrentando desde o início da temporada: um elenco sem peças de reposição.
Para o duelo em Alagoas, o técnico Marcelo Martelotte precisou improvisar os zagueiros Basso e Leandro Silva como volantes, uma vez que todos os jogadores da posição (Jean, Anderson Uchôa e Lucas Otávio) estão machucados. Aliás, o departamento médico vem diminuindo ainda mais as opções para escalar a equipe. No momento, são sete jogadores lesionados, sendo que apenas o lateral-esquerdo Rafael Carioca, com uma entorse no tornozelo, tem chances de enfrentar o Joinville, amanhã, às 16h, na Vila Capanema.
Uma questão que, embora dificulte o trabalho, é deixada de lado pelo treinador. ‘Essa é uma decisão que cabe ao departamento médico. Todo mundo passa por essa dificuldade. Não costumo falar dos jogadores que estão fora, preciso falar daqueles que têm condições de atuar e trabalhar com eles. Fico no aguardo do retorno deles, o ideal seria ter todos à disposição, mas vamos fazer de tudo para diminuir estas lesões. Mas, para isto, é preciso ter o retorno destes atletas‘, disse Martelotte.
No entanto, não são só as lesões que pesam na hora de formar o time. A falta de opções também se tornaram um empecilho. Contra o CRB, o comandante paranista fez apenas duas das três substituições permitidas. Justamente por não ver no banco de reservas mais alguma alteração que pudesse modificar a atuação do time.
Um problema que vem acontecendo desde o Campeonato Paranaense e que incomodava o ex-técnico do Tricolor, Claudinei Oliveira. Ao longo do Estadual, inclusive, o Paraná começou com tudo, vencendo os cinco primeiros jogos. Mas bastou perder uma ou outra peça titular para a equipe não repetir o mesmo desempenho e ter dificuldades, que ficaram ainda mais nítidas na Copa do Brasil e na Série B, que culminaram na demissão de Claudinei.
De fato, o elenco paranista é enxuto. De todos os jogadores que estão à disposição no grupo, apenas 20 foram utilizados. Tanto que improvisar jogadores não foi novidade apenas nesta última partida. Como exemplos, o lateral-direito Diego Tavares já atuou como meia e Leandro Silva também já jogou como lateral-direito.
Sem contar que alguns que não estão rendendo tanto quanto poderiam, como o atacante Lúcio Flávio. Artilheiro paranista no ano, com 11 gols, sendo apenas dois na Série B. No Estadual, o atleta não tinha um substituto e para a competição nacional foi contratado Robert, que ainda não vingou pelo Tricolor.
A tendência é que, pelo menos por enquanto, não sejam feitas novas contratações, de acordo com a diretoria. Assim, Marcelo Martelotte terá que se virar com o que tem à disposição para fazer o Paraná subir na classificação.