A eliminação do Paraná Clube na Copa do Brasil trouxe um grande impacto financeiro e emocional ao clube. Isso porque a derrota nos pênaltis para o Londrina, na última terça-feira, no estádio do Café, significou um grande prejuízo. Ao se despedir da competição, o Tricolor deixou de receber R$1,45 mi em premiação. Além disso, perder um resultado quando se estava vencendo até os 47 do segundo tempo trouxe um ‘choque de realidade’ ao grupo, que vai precisar se superar para encarar o restante da temporada.

continua após a publicidade

+ Leia mais: Veja contra quem o Paraná estreia na Série B

O time terá pela frente o segundo turno do Campeonato Paranaense e a Série B do Campeonato Brasileiro. As verbas que deixam de entrar podem afetar, inclusive, a sequência do time, que claramente ainda está em formação para a Segundona.

Ainda que seja em circunstâncias diferentes, contra um adversário de maior tradição, o resultado desastroso lembrou outras eliminações que foram sentidas pelo torcedor paranista na Copa do Brasil. Em 1999, o time saiu da competição eliminado em plena Vila Olímpica pelo inexpressivo Camaçari-BA. Em 2013, foi a vez de se despedir da disputa sendo derrotado pelo São Bernardo-SP no Janguito Malucelli. Em 2015, a Jacuipense-BA foi a algoz do Paraná na Vila Capanema. Essas três eliminações foram ainda na primeira fase.

Passado

continua após a publicidade

Mesmo que esses jogos, que ficaram marcados de forma negativa, tenham sido com times que sequer figuram em destaque no cenário nacional e que, por isso, poderiam ser consideradas derrotas mais graves, o revés de ontem entra para a lista de eliminações amargas. O Londrina está na Série B e vem sendo candidato ao acesso à primeira divisão nas três últimas edições da disputa. Este ano, o Tubarão também deve brigar para figurar no G4. Porém, o peso da verba tão necessária que deixa de entrar torna o resultado péssimo.

+ Também na Tribuna: Tricolor terá duas semanas pra se recuperar do baque

continua após a publicidade

Na Copa do Brasil, o Paraná recebeu R$ 525 mil pela participação e mais R$ 625 mil por ter avançado à segunda fase. Garantiu R$ 1,15 milhão, que poderia ter se multiplicado. Se tivesse garantido a classificação contra o Tubarão, a premiação total seria de R$ 2,6 milhões. Dinheiro esse que deve fazer muita falta. Em 2017, por exemplo, foi chegando até às oitavas de final da competição que o Tricolor ganhou um dinheiro suficiente para dar ‘um respiro’ nas contas e que contribuiu para a construção do acesso. Sem novidades sobre a venda do volante Jhonny Lucas e sem grandes perspectivas de receitas para entrar no clube, a qualidade da participação na Série B está ameaçada.

Lamentos

O técnico Dado Cavalcanti garantiu que todo o grupo estava ciente da importância da vitória e o quanto a desclassificação poderia prejudicar o clube em diversos aspectos. “Era o nosso planejamento a passagem de fase, sabemos que teremos um prejuízo financeiro. Perdemos muita coisa”, explicou.

+ Confira ainda: Artilheiro desdenha do Paraná Clube

Também decepcionado, o zagueiro Fernando Timbó destacou como o time poderia ter matado o jogo e que esses erros custaram muito ao Paraná Clube, já que os próprios atletas sabiam da importância do dinheiro. O defensor também lembrou dos outros fatores negativos da precoce eliminação.

“A gente tinha muita coisa em jogo. Nós tínhamos a classificação e um prêmio bom para o clube, a gente sabe que precisa. Teríamos mais visibilidade se continuássemos na competição. Ficamos tristes por isso, uma eliminação difícil, ainda mais do jeito que foi. Tivemos duas vezes o jogo na mão, no tempo normal e nos pênaltis”, concluiu.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!