A campanha do Paraná Clube no retorno à primeira divisão está aquém do esperado. O Tricolor, neste início de caminhada no Campeonato Brasileiro teve dificuldades já esperadas e os números estão longe de agradar o torcedor. No entanto, a atual diretoria, que assumiu o clube em 2016, parece ter mudado um pouco seu pensamento. Ao invés de apostar em uma nova troca de comando técnico, já que Rogério Micale tem apenas 27% de aproveitamento na competição nacional, preferiu prestigiar o trabalho que o comandante está realizando à frente do time paranista.
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Desde que o presidente Leonardo Oliveira assumiu, no início de 2016, o Paraná Clube teve quatro técnicos por temporada. Alguns treinadores, inclusive, deixaram o time com rendimento maior do que aquele que o Micale apresentou até agora no Brasileirão.
Prova real que o treinador, apesar da escassez de bons resultados, tem mostrado sua capacidade no trabalho realizado e convenceu a diretoria que mudar o comando não surtiria tanto efeito assim no momento. Recentemente, depois da derrota por 1×0 para o Vasco, em São Januário, o mandatário paranista veio a público cobrar os jogadores e seguiu defendendo o trabalho do técnico.
Se somar o aproveitamento geral, desde a disputa do Campeonato Paranaense, os números de Micale não são tão ruins. O aproveitamento sobe de 27% para 44%, já que no Estadual o Tricolor foi eliminado nos pênaltis pelo Londrina na semifinal do segundo turno e o treinador deixou a disputa sem ter conhecido uma derrota sequer.
Nos bastidores, uma troca não chega nem a ser comentada entre. O foco da cúpula do Tricolor está na contratação de novos jogadores para a sequência da disputa do Brasileirão. Tudo para dar mais condições ao treinador colocar uma equipe mais competitiva em campo para conseguir escapar do rebaixamento.
Histórico de trocas
De 2016 pra cá, Rogério Micale é o 10º treinador a comandar o time paranista. Foram quatro técnicos no primeiro ano de gestão, outros quatro no ano passado e dois já na atual temporada. O Paraná Clube abriu o ano com Wagner Lopes, que acabou demitido com 27% de aproveitamento e pouco mais de 40 dias de trabalho.
Quem iniciou a era Leonardo Oliveira foi Claudinei Oliveira, que deixou o clube no meio da Série B com 54% de aproveitamento depois de problemas internos com o então diretor de futebol Durval Lara Ribeiro, o Vavá. Também comandaram o Tricolor naquele ano Marcelo Martelotte, Roberto Fernandes e Fernando Miguel, que fazia parte da comissão técnica permanente e assumiu a equipe quando já não tinha mais risco de queda à Série C.
No ano passado, mais quatro treinadores, mas nem todos saíram por baixo rendimento. Wagner Lopes, que tinha 65% de aproveitamento à frente do time paranista, aceitou uma proposta do futebol japonês e foi embora. Assumiu o então desconhecido Cristian de Souza. O treinador, porém, não conseguiu dar continuidade no trabalho e acabou sendo demitido.
A aposta, então, foi no técnico Lisca, que colocou o Paraná Clube na briga pelo acesso, mas acabou se desentendendo com membros da comissão técnica e foi demitido com 62% de aproveitamento. O clube promoveu o então auxiliar-técnico Matheus Costa para comandar a equipe na reta final da Série B. O jovem treinador não decepcionou, conseguiu o acesso com 61% de aproveitamento, mas não teve o contrato renovado.