Na bronca

Rogério Micale começa a ter trabalho contestado no Paraná Clube

Rogério Micale foi chamado de burro pelo torcedor do Paraná. Foto: Albari Rosa.

Sete jogos, três pontos e o Paraná Clube segue na lanterna do Campeonato Brasileiro. O empate sem gols no clássico diante do Atlético, na manhã de domingo (27), na Vila Capanema, comprovou a falta de qualidade ofensiva do time paranista, que é dono de um dos piores ataques da competição nacional. A campanha ruim do Tricolor neste início de Brasileirão começa a colocar em xeque o trabalho do técnico Rogério Micale. Apesar de ter, por ora, o prestígio da diretoria tricolor, o treinador teve seu trabalho contestado pelo torcedor, que, inclusive, chamou o comandante de burro durante o duelo contra o Furacão.

Nada, porém, que abale a confiança do treinador para dar continuidade no trabalho que está sendo realizado a frente do time paranista. Rogério Micale afirmou que as manifestações foram pequenas, mas que prefere que o torcedor dirija as cobranças mais duras para ele do que para os jogadores do Paraná.

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“Temos que administrar isso. É normal no futebol. As vitórias não estão vindo e a gente tem que lidar com esse descontentamento, principalmente do torcedor. Eles têm direito, nos apoiam, mas as manifestações foram poucas. Causa um desconforto maior, principalmente para os jogadores. Essa cobrança do torcedor é até positiva, mas que venha para mim. Os jigadores precisam de tranquilidade para executar o bom futebol. É um time jovem, onde a gente tem alguns jogadores maduros, que precisam de tranquilidade e eles têm a minha confiança para que as coisas aconteçam”, explicou Micale.

Sobre se há uma cobrança mais forte da diretoria do Paraná, Rogério Micale despistou e garantiu que seguirá no comando do time paranista. O treinador, apesar da fase complicada e da falta de resultados positivos, está otimista com a sequência do Tricolor no Campeonato Brasileiro.

“Tem que perguntar para a diretoria. Estou fazendo meu trabalho e continuarei fazendo. Não sou de correr de qualquer situação. Falei no início que seria um grande desafio e sigo confiante. O time tem produzido, fizemos um bom jogo (contra o Atlético). Sigo otimista, confiante que a bola vai entrar, que o pênalti vai ser apitado a nosso favor, porque realmente é muito difícil sempre”, prosseguiu o treinador.

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O Paraná reclamou muito da penalidade cometida pelo zagueiro José Ivaldo sobre o atacante Léo Itaperuna já na reta final do jogo. No entanto, o Tricolor poderia ter chegado nessa fase da partida já vencendo. Mas faltou, mais uma vez, qualidade aos jogadores de frente do time paranista para conseguir marcar nas poucas chances criadas no clássico contra o Atlético.

“Estamos pecando na finalização. Não é falta de treinamento. É uma mistura da ansiedade, da cobrança. Tudo isso vem nesses momentos decisivos, onde é importante estarmos tranquilos para saber executar a ação correta, finalizar a jogada. O árbitro ter se equivocado é natural, mas são muitos equívocos contra a gente. Não sou de falar de arbitragem, mas tudo já é muito difícil e acontecem os erros que tiram a possibilidade real de sair o gol da vitória. A gente fica chateado, mas continuamos na luta, trabalhando e a gente crê que as coisas vão mudar”, concluiu o treinador paranista.

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