Histórico

Rodrigo Pastana terá missão de superar falta de vínculo no passado

Após declarar que o Paraná podia acabar, Marcus Vinícius foi ameaçado e clima ficou insustentável. Foto: Divulgação/Paraná Clube

Em meio à reformulação que vem fazendo na diretoria de futebol, o Paraná Clube para 2017 aposta em um dirigente mais rodado. Aos 40 anos, Rodrigo Pastana já passou por nove clubes até chegar ao Tricolor no mês passado. Em meio a bons trabalhos, com cinco acessos, e confusões, como discussão com torcedores, o novo executivo de futebol paranista terá que enfrentar um outro problema: se firmar no cargo sem ter um passado ligado ao clube.

Nos últimos anos, muitos que assumiram um cargo na diretoria tiveram uma ligação com o Paraná, como dirigente mesmo ou dentro de campo, casos de Beto Amorim, Paulão e até Hélcio, que ficou cerca de cinco meses em 2016. Já aqueles que nunca haviam passado por aqui, como Roque Júnior e Marcus Vinícius, que deixaram o clube em meio a algumas polêmicas.

Roque Júnior chegou ao Tricolor no final de 2013 e permaneceu até maio de 2014, quando o ex-jogador anunciou sua saída por não concordar com algumas situações e condutas. Na ocasião, a insatisfação se deu pelo fato de o empresário Marcos Amaral, da Amaral Sports, ter 16 jogadores no elenco paranista. A forte ligação do empresário com o clube incomodou o dirigente, que optou por ir embora.

Logo depois, em setembro de 2014, Marcus Vinícius foi contratado como gerente de futebol, onde ficou até março de 2015. Neste período de seis meses, ficou mais marcado por ter falado que o Paraná iria acabar do que pelo trabalho em si.

No dia 8 de fevereiro, após a derrota por 1×0 para o Atlético, na Arena da Baixada, o dirigente deu uma entrevista onde chorou e declarou que pelos problemas financeiros o Tricolor corria o risco de fechar as portas.

‘O Paraná Clube chegou em uma situação em que não tem como. Cada lágrima dessa representa um funcionário. O funcionário que não recebe salário há quatro, cinco meses. Tem jogador que não recebe há sete meses. Eu posso sofrer represália, não tem problema. O que eu quero dizer é que os paranistas se unam. O Paraná vai acabar este ano. O Paraná não se resume a hoje. Se resume a um problema de anos e está afunilando, está acabando‘, desabafou ele.

A declaração não pegou bem e logo depois foi demitido, após Rubens Bohlen pedir renúncia e ser substituído por Luiz Carlos Casagrande, o Casinha. O desligamento teria sido por questões financeiras, mas desde aquele dia ele já vinha sendo até ameaçado por conta do que falou.

Em comum entre Roque Júnior e Marcus Vinícius o fato de nunca terem trabalhado anteriormente no Paraná, assim como Pastana. A diferença é que o atual dirigente tem mais tempo de experiência no cargo, ao contrário dos ex-jogadores. De qualquer forma, mais uma tarefa que ele terá que assumir na luta de recolocar o Tricolor na Série A.