O zagueiro Rodolfo, 24 anos, está agarrando a oportunidade de jogar no Paraná Clube até aqui. O jogador se via como a última opção no setor defensivo, mas é o segundo atleta do elenco com mais tempo em campo, atrás apenas do goleiro Thiago Rodrigues.
O defensor participou das sete partidas do Tricolor na temporada e, desde que fez sua estreia, nunca mais saiu. Diante do Operário, na primeira rodada do Campeonato Paranaense, o titular Eduardo Bauermann foi expulso e ele entrou na sua vaga. “Tive a oportunidade na expulsão, entrei, fui bem e agarrei. Agora é onde estou melhor fisicamente na minha carreira. Trabalhei muito forte”, falou.
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A expectativa, por outro lado, não era essa. Quando recebeu o convite do clube paranaense, Rodolfo pesquisou na imprensa sobre seus colegas de zaga no novo time e não via brecha para ter uma vaga entre os 11 titulares. E sua percepção foi até comentada dentro de casa.
“Ainda falei para a minha esposa. Vou com a cabeça que ia jogar como última opção. Fui esperando isso, pois tem o Matheus Lopes que subiu com o CSA, o Eduardo Bauermann passou por seleção, o Fernando Timbó que jogou fora e o Leandro Almeida. Me vi como última opção”, reconheceu.
O zagueiro vestiu a camisa paranista em 588 minutos. Atualmente, seu companheiro de zaga é Timbó. O Paraná, em sete confrontos, sofreu cinco gols, sendo três pelo Estadual e dois pela Copa do Brasil. O Tricolor, na terceira posição do Grupo B, ficou fora da semifinal da Taça Barcímio Sicupira Júnior, mas avançou para a segunda fase no torneio nacional. O adversário será o Londrina, ainda sem data definida, mas antes de voltar para o Paranaense, quando joga no dia 10 de março, diante do FC Cascavel, pela primeira rodada da Taça Dirceu Krüger.
Início difícil
Nas categorias de base do São Carlos-SP, com 18 anos, ele perdeu a mãe e a sogra em um período curto de tempo. Na sequência, o jogador engravidou sua mulher e sua vida virou uma “bola de neve”. Assim, o jogador começou a trabalhar das 23h às 7h descarregando caminhão em uma empresa de eletrodomésticos.
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Tudo mudou quando atuou a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2014, foi bem e ficou invicto no Paulista Sub-20 posteriormente. Depois foi para a Juventus, da Mooca, e subiu da A-3 para A-2. Na URT, pelo Mineiro, foi duas vezes para as semifinais, mas eliminado pelo Atlético-MG. Como consolação conquistou o bicampeonato do título do interior.
No ano passado, entretanto, saiu da URT e foi para o Confiança, de Sergipe. Por fim, acertou com o Joinville, mas sequer atuou. Agora, no Tricolor, sabe que não pode desperdiçar a chance de atuar na Copa do Brasil e na Série B. “Estou muito feliz. Aqui é a minha maior oportunidade e vou fazer cada dia o último da minha vida”, finalizou.
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