Vítima de racismo de um torcedor na derrota do Paraná Clube para o Atlético-GO, na última sexta-feira (15), no estádio Antônio Accioly, em Goiânia, o zagueiro Eduardo Bauermann relatou como o episódio aconteceu. Durante a partida, Eduardo Torres Byk teria imitado um macaco depois do time da casa perder um pênalti quando o placar ainda estava fechado. Após a partida, Bauermann acionou os policiais militares no estádio, que fizeram a prisão de Byk em flagrante. O torcedor do Atlético-GO foi autuado por injúria racial e, se condenado, pode pegar até três anos de prisão.
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“É complicado nos dias de hoje termos que conviver com isso. O que mais me machucou nesta situação toda foi que me pareceu muito instinto da parte dele fazer aquilo para me ofender”, declarou Bauermann, que estava no banco de reservas, em entrevista para a Rádio Banda B. “Estávamos discutindo porque o Alisson pegou o pênalti. Nós da reserva estávamos felizes, comemorando, e ele nos xingando muito. Mas a partir do momento que viu que não demos bola, ele gritou ‘macaco’ para mim. Eu olhei para ele e fez o gesto de um macaco. Aquilo me fez perder a cabeça. Chamei a polícia na hora, mas ele se escondeu no meio da torcida”, prosseguiu o zagueiro.
Os próprios companheiros de time de Bauermann agiram como testemunhas, dando depoimentos na Central de Flagrantes. O torcedor acusado, por sua vez, foi expulso da Dragões Atleticanos, torcida organizada da qual fazia parte. Bauermann ajudou na identificação de Byk após o jogo. “Eu e o Fabrício [zagueiro reserva do Paraná] o vimos de longe e avisamos a polícia. Ele tentou ir embora sem ser visto, mas foi cercado e preso na hora. Sabemos que a Justiça no Brasil é muito falha, mas espero que ele pague pelo mal que faz à sociedade”, complementou Bauermann, que ainda afirmou que não pretende processar Byk.
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