Uma questão que seria de fácil resposta até o início da semana agora é uma das principais dúvidas do Paraná Clube para a partida desta sexta-feira (21) contra o Luverdense, no Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde. Após ser o capitão do time desde a saída de Marcos do time titular, Eduardo Brock perdeu a braçadeira em uma decisão surpreendente do técnico interino Matheus Costa, que comandou a equipe na goleada da terça-feira (18) diante do Brasil de Pelotas.
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Matheus, que é da comissão técnica permanente do Tricolor, e seguirá como auxiliar de confiança do técnico Lisca, explicou que era necessário tirar a pressão de Brock. “Fizemos isso para blinda-lo. Ele estava muito exposto com a torcida. Ele é uma excelente liderança dentro do vestiário e também com a comissão técnica”, comentou. Isto porque o zagueiro tinha falhado na partida contra o Vila Nova, e após o empate com o América-MG ele criticou torcedores que vaiaram o ex-treinador Cristian de Souza e o meia João Pedro. “Os jogadores quando tem qualidade são mais cobrados. Isso é normal”, resumiu o atacante Robson.
O “ex-capitão” admitiu após o jogo diante do Brasil que ficou sentido com as críticas. “Eu tenho 32 jogos pelo Paraná desde que eu cheguei no começo do ano e acabei vacilando em uma partida”, desabafou, antes de elogiar os torcedores. “Mas contra o Brasil de Pelotas eu tenho que elogiar a torcida. Não é fácil nesse frio ir ao estádio para nos apoiar”, completou Brock, que disse ter aceitado sem traumas a perda da braçadeira.
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“Foi uma decisão da diretoria e do Matheus Costa. Muito pensavam que eu fosse ficar bravo, mas isso prova a minha índole. Foi até bom acontecer a troca para mostrar que não tem vaidade aqui dentro. Isso aqui é um grupo”, afirmou o jogador. A escolha do interino foi por um jogador da casa. “Achei que fosse o momento e gostaria de dar a oportunidade para o Leandro Vilela”, explicou Matheus Costa, até porque Marcos estava no banco de reservas.
Para hoje, com Lisca no banco e Brock e Vilela em campo, a tendência é que a braçadeira volte para o zagueiro. Hoje, ele é o principal líder do grupo, tem contato direto com os dirigentes e muito respeito tanto dos companheiros quanto dos cartolas. O fato de ter marcado um gol, o Paraná ter vencido e o mau momento ter dissipado leva a conclusão que Eduardo Brock deverá voltar a ser o capitão tricolor. Mas a certeza só se terá quando for divulgada a escalação paranista para o jogo desta sexta-feira.